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Maia diz a Moro que não conhece conduta que desabone Argello

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia é testemunha de defesa do ex-senador Gim Argello que é acusado de cobrar propinas de empreiteiros

atualizado

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1 de 1 rodrigo maia - Foto: Reprodução/Facebook

Arrolado como testemunha de defesa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), réu na Lava Jato acusado de cobrar propina de R$ 5,3 milhões para poupar empreiteiros das CPIs da Petrobras em 2014, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou ao juiz Sérgio Moro que o ex-parlamentar réu da Lava Jato nunca lhe pediu algo ilícito e que não tem conhecimento de nenhuma conduta que desabone Argello.

O presidente da Câmara respondeu por escrito às 13 perguntas da defesa de Argello, preso desde abril na Operação Vitória de Pirro – 28.ª fase da Lava Jato.

As respostas de Maia datam da segunda-feira, 15, e as respostas foram anexadas nesta quarta, 17, aos autos da ação penal em que o ex-senador é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

No documento de cinco páginas, Maia responde de forma sucinta aos questionamentos sobre o funcionamento das CPIs Mistas no Congresso e nega ter recebido qualquer pedido de Argello para não votar requerimentos de convocação de empreiteiros na CPI.

Ele também negou que Argello tenha lhe pedido para não convocar empresários ou mesmo que o ex-senador o teria abordado para convencer outra autoridade a não convocar empreiteiros.

Em 2014 foram instauradas uma CPI no Senado e uma CPI Mista (que envolve o Senado e a Câmara dos Deputados) para apurar as suspeitas de irregularidades na Petrobras que começavam a vir à tona com a Lava Jato.

Em nenhuma das comissões, porém, foi aprovada a convocação dos empreiteiros investigados pela operação para depor.

Nesta denúncia, decorrente da 28ª fase da Lava Jato, Gim Argello e outros oito réus são acusados de arquitetar um esquema de pagamento de ao menos R$ 5,3 milhões em propinas de empresas para evitar a convocação de empreiteiros investigados na Lava Jato para depor nas CPIs no Senado e no Congresso em 2014.

Naquele ano foram instaladas uma CPI Mista e uma CPI no Senado e nenhuma delas convocou empreiteiros das grandes construtoras para depor.

Nesta investigação, a Lava Jato, com base nas delações de vários empreiteiros, revelou que o ex-senador teria cobrado R$ 5 milhões de cada uma de sete empreiteiras que atuaram no cartel na Petrobras.

Algumas empresas, como a Andrade Gutierrez, por exemplo, acabaram não pagando a propina e por isso seus executivos não foram denunciados no processo criminal contra Gim Argello.

Ao menos a OAS e a UTC, contudo, teriam acertado os pagamentos, sendo que parte da quantia foi repassada via doações oficiais para os partidos da coligação de Argello nas eleições de 2014 – formada por DEM, PR, PMN , PRTB e PTB. Outra parte foi repassada para uma paróquia em Brasília.

O Ministério Público Federal não atribui nenhuma irregularidade aos partidos da coligação pois, segundo os investigadores, não há provas de que eles tinham conhecimento de que o pagamento era decorrente dos crimes de Argello. As empreiteiras não comentam as acusações.

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