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Lula x UE: “Não queremos fazer uma política que eles ganhem e a gente perca”

Durante o programa semanal Conversa com o Presidente, Lula disse que fará uma proposta em que todos os atores do acordo saiam ganhando

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1 de 1 imagem colorida do presidente Lula sorrindo - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Diretamente da Argentina, por estar na reunião da cúpula de chefes de Estado do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta terça-feira (4/7), do programa semanal Conversa com o Presidente. Em sua fala, o mandatário prometeu que o acordo com a União Europeia não será de uma política em “que eles ganhem e a gente perca”.

“Nós não aceitamos a carta, e agora estamos preparando uma outra resposta. Vamos a Bruxelas discutir com a União Europeia e os países da América Latina, e precisamos ter uma resposta do que nós queremos para consolidar um acordo. Queremos fazer uma política de ganha-ganha, não queremos fazer uma política que eles ganhem e a gente perca”, pontuou Lula.

Durante a cúpula na Argentina, o Brasil assume a presidência temporária do Mercosul, e a relação com os europeus deve ser tema central da discussão.

Na gestão no bloco, o governo brasileiro deve reforçar a “vontade política” para destravar o acordo de livre-comércio com a União Europeia, emperrado há mais de duas décadas, além de costurar outros tratados comerciais na tentativa de reafirmar o protagonismo regional.

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, o Brasil chegará à Cúpula com o objetivo de reafirmar vontade política para discutir o tema, mas ciente de que serão necessários ajustes nos textos já negociados entre as partes envolvidas.

Parceria comercial

Na Conversa com o Presidente, conduzida semanalmente pelo jornalista Marcos Uchôa, Lula afirmou que as condições impostas pela União Europeia não foram dignas de “parceiros comerciais” e ainda apontou que muitos países europeus não cumpriram os compromissos ambientais firmados.

“Eles querem, por exemplo, que a gente abra mão de compras governamentais, ou seja, é aquilo que o governo compra das empresas brasileiras. Se a gente abrir mão das empresas brasileiras para comprar das estrangeiras, a gente simplesmente vai matar os empreendedores e empregos brasileiros. Por isso, essa reunião é tão importante. […] Você não pode imaginar que um parceiro comercial seu pode te impor condições e, se você não cumprir, vai te punir”, disse Lula.

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