1 de 1 Lula e Janja
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou nesta quarta-feira (4/1) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará sua primeira reunião com todos os governadores do país no próximo dia 27 de janeiro. De acordo com ele, o encontro deve ser realizado no Palácio do Planalto.
Em conversa com a imprensa, o ministro disse que a ideia do governo é ter reuniões regulares com os chefes estaduais. A primeira reunião, explicou, terá o objetivo de retornar as relações federativas da União com os estados e os municípios. De acordo com Rui Costa, os governos também poderão apresentar os principais projetos estaduais na ocasião.
“A pauta é o retorno das relações federativas da União com os estados e os municípios, que ficaram paralisadas todos esses anos. Nós vamos institucionalizar o retorno, estabelecer um fluxo. A ideia é que o governo tenha reuniões regulares com governadores e com o Fórum de prefeitos para dar capilaridade às políticas de governo e buscar a maior eficiência no ato de governar”, disse o ministro.
Nesta quarta, Costa ainda informou que Lula fará uma viagem simbólica a um estado brasileiro, numa espécie de “primeiro ato” como presidente da República. A data e o local, no entanto, ainda não foram fechados, mas deve ocorrer antes da viagem presidencial à Argentina, em 23 de janeiro.
“Ele vai fazer uma viagem a um estado brasileiro. Um primeiro ato antes da viagem para a Argentina. […] Nós estamos definindo qual será o estado. Estamos olhando as possibilidades de agenda e vamos definir”, afirmou.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto