Lula sobre símbolos do país: “O verde e amarelo não é de candidato”
Lula comentou, em Brasília, sobre a retomada de ícones nacionais e afirmou que vai usar a camisa da Seleção Brasileira na Copa do Mundo
atualizado
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O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçou, nesta quinta-feira (10/11), que as cores e a bandeira do país são símbolos de todos os brasileiros, e não representam candidatos, em referência ao uso do verde e amarelo pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral e manifestações.
“Um aviso importante para vocês. A Copa do Mundo começa daqui a pouco, e a gente não tem de ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde e amarelo não é de candidato, não é de partido, são as cores para 213 milhões de habitantes que amam esse país. Portanto, vocês vão me ver com a camisa verde e amarela, só que a minha vai ter o número 13”, frisou.
Veja:
A Copa do Mundo começa daqui a pouco e a gente não tem que ter vergonha de vestir a camiseta verde e amarela. A camiseta não é de partido político, é do povo brasileiro. Vocês vão me ver usando a camiseta amarela, só que a minha terá o número 13.
— Lula (@LulaOficial) November 10, 2022
A fala do presidente ocorreu durante a primeira visita do futuro chefe do Executivo federal ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo. No local, Lula reuniu-se com parlamentares aliados para série de reuniões internas.
Ao longo do governo, Bolsonaro convocou apoiadores a usarem as cores do país e a camisa da Seleção Brasileira de futebol para declarar apoio nas urnas. O petista, durante a campanha, deixou o vermelho de lado, por recomendação da senadora Simone Tebet (MDB), e adotou o branco “pela paz” em atos políticos.
Na ocasião, o futuro titular do Palácio do Planalto teceu duras críticas ao presidente Bolsonaro, derrotado nas urnas. Em referência ao relatório apresentado pelo Ministério da Defesa, nessa quarta-feira (9), Lula disse que um presidente da República “não pode mentir”, e defendeu que o adversário venha a público “pedir desculpas” por ter “humilhado” os militares.
Lula reuniu-se, na manhã desta quinta-feira (10/11), com parlamentares das bancadas aliadas para alinhar as pautas da transição de governo. Entre os assuntos discutidos, o petista deve bater o martelo sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante a manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo.