Lula sobre reunião com MDB: “Vou conversar com todo mundo”
O petista concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira após finalizar sua visita a Brasília, onde teve diversos encontros políticos
atualizado
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Criticado por buscar conversas com o MDB, partido que esteve no centro do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira (8/10), que continuará a manter diálogo com a legenda. O petista afirmou que pretende “conversar com todo mundo” do meio político.
“Eu estou conversando com todas as forças políticas e com quem mais puder conversar. Eu tenho dito que eu não estou candidato. Só vou decidir isso no início do ano que vem. Eu ainda não decidi porque vou decidir no momento certo. Eu vou conversar com todo mundo”, declarou Lula.
“Estou numa fase de conversar com partido político, com empresários, vou conversar com intelectuais e vou conversar com a sociedade brasileira. Porque consertar esse país é responsabilidade de todos nós. É preciso muita dar muita competência para essa juventude nesse momento que as pessoas estão virando algoritmos. Precisamos resolver como dar oportunidade de trabalho para essa meninada”, disse o ex-presidente.
Lula, no entanto, negou que esteja negociando a composição de sua chapa para a disputa pela Presidência em 2022. “Não estou discutindo composição ainda porque não é hora de composição”, ressalvou.
O petista participou de jantar com membros do MDB nesta semana. O encontro foi realizado na casa do ex-senador Eunicio de Oliveira (CE). Entre os emedebistas que marcaram presença estavam Raul Henry (PE), Veneziano Vital do Rego (PB), Nilda Gondim (PB), Isnaldo Bulhões (AL), Marcelo Castro (PI), Walter Alves (RN), Edson Lobão (MA) e Lobão Filho (MA).
Do lado do PT, além de Lula, estiveram na reunião Paulo Rocha (PA), Paulo Teixeira (SP), José Guimarães (CE), a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Luiz Dulci.
Articulações no Senado
Além disso, Lula deve ampliar ainda mais sua conversa no partido e com outras legendas que também apoiaram o impeachment. De acordo com fontes do PT, alguns senadores “independentes” ou mesmo de partidos que votaram a favor do impedimento de Dilma já topam iniciar uma conversa com o ex-presidente com o objetivo de derrotar Jair Bolsonaro nas urnas.
Entre nomes já sondados estão Simone Tebet (MDB-MS), Zenaide Maia (Pros), Jayme Campos (DEM-MT), Acir Gurgacz (PDT-PR), Wellington Fagundes (PL-MT) e Confúcio Moura (TO-MDB).