Lula sobre extradição de Thiago Brennand: “Ele tem que pagar”
Thiago Brennand, foragido há cerca de 6 meses nos Emirados Árabes, teve a extradição para o Brasil autorizada pelas autoridades árabes
atualizado
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Em entrevista coletiva a jornalistas, antes de retornar ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi enfático ao concordar com a decisão das autoridades brasileiras e árabes pela extradição de Thiago Brennand. Para o petista, o acusado deve pagar pelos crimes.
Foragido há cerca de seis meses nos Emirados Árabes, o empresário teve a extradição para o Brasil autorizada pelas autoridades do país. Ele é acusado de agressão e estupro e é alvo de quatro pedidos de prisão pela Justiça de São Paulo.
Embora já estivesse reunido com o presidente da cidade e Emir Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan quando a decisão de extradição do criminoso foi expedida, no sábado (15/4), Lula garantiu que este não foi um tema discutido entre eles.
Veja entrevista de Lula sobre o assunto:
“Não é humanamente aceitável que um brutamontes desse seja agressor de mulheres”, diz Lula sobre Thiago Brennand.
Emirados Árabes autorizaram a extradição do empresário durante a presença da comitiva brasileira no país, mas presidente afirmou que assunto não foi discutido. pic.twitter.com/KHlW0v2fxo
— Metrópoles (@Metropoles) April 16, 2023
“Esse não foi um assunto tratado com sua alteza, o Sheik Mohammed. […] Quando ela [extradição] vai acontecer é uma questão da Justiça e do governo. A única coisa que eu sei, é que se no mundo existem 1 milhão de cidadãos como esse, todos merecem ser punidos, porque não é humanamente aceitável que um brutamonte desses, seja um agressor de mulheres. Ele tem que pagar”, disse Lula.
Paradeiro
No início do mês, o advogado do empresário divulgou que ele tinha a intenção de retornar ao país para se apresentar às autoridades brasileiras.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Brennand disse que provavelmente seria preso “injustamente” – ele é acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, tortura, lesão corporal gravíssima, coação no curso do processo, ameaça e registro não autorizado de intimidade sexual.
O empresário chegou a ser preso em outubro do ano passado, em Abu Dhabi, mas foi solto após pagar fiança e informar um endereço fixo. A defesa dele pleiteia a revogação do pedido de prisão preventiva e a exclusão de seu nome da lista de difusão vermelha da Interpol.