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Lula sobre atos terroristas: “Não sei se ex-presidente mandou, sei que ele tem culpa”

No Twitter, Lula afirmou também que pretende retomar o diálogo com as centrais sindicais. O encontro foi realizado no Palácio do Planalto

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O presidente Lula (ao centro) aparece sentado ao lado do ministro da Previdência, Luiz Marinho em cerimônia com representantes de sindicatos no Palácio do Planalto. Eles aparecem sentados em palco - Metrópoles
1 de 1 O presidente Lula (ao centro) aparece sentado ao lado do ministro da Previdência, Luiz Marinho em cerimônia com representantes de sindicatos no Palácio do Planalto. Eles aparecem sentados em palco - Metrópoles - Foto: Mariana Costa/Metrópoles

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu nesta quarta-feira (18/1) representantes de ao menos 10 centrais sindicais no Palácio do Planalto. Em discurso durante o evento, Lula comentou sobre os atos terroristas cometidos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

“Vocês perceberam que depois da nossa posse maravilhosa, a posse mais emocionante que esse país já conheceu, depois de uma negra, catadora de papel colocar a faixa no meu pescoço, eles esperaram uma semana e tentaram dar um golpe. Porque o que houve aqui foi uma tentativa de golpe, uma tentativa de golpe por gente preparada”, falou.

Lula não citou o nome de Jair Bolsonaro (PL), mas mencionou uma eventual responsabilidade do ex-presidente da República. “Eu não sei se o ex-presidente mandou, o que eu sei é que ele tem culpa, porque ele passou quatro anos instigando o povo a ter ódio, mentindo para a sociedade brasileira e instigando que o povo tinha que estar armado para ‘garantir a democracia’”.

“A democracia a gente não garante com arma, a democracia a gente garante com cultura, livro, debate, educação, comida, emprego. Não adianta falar em democracia para o povo se ele fala: ‘Eu quero saber quem vai me dar comida, quem vai botar um prato de comida na minha mesa de manhã, de tarde e de noite, quem vai colocar o emprego para eu poder trazer comida para minha casa trabalhando’. Porque o povo não gosta de viver de favor, o povo gosta de viver às custas do seu trabalho, do seu esforço, do seu sacrifício. É isso que o Estado brasileiro tem que ter preocupação de fazer”, completou.

No evento, estiveram presentes ao menos 10 líderes de sindicatos. Veja os nomes:

  • 1. Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto
  • 2. Presidenta da Intersindical Central Sindical, Nilza Pereira
  • 3. Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald
  • 4. Vice-presidente da Central Pública, Hugo Renê
  • 5. Presidente da Central Conlutas, Luiz Carlos Prates
  • 6. Presidente da Intersindical Instrumento de Lutas, Emanuel Melato
  • 7. Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo
  • 8. Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah
  • 9. Presidente da Força Sindical, Miguel Torres
  • 10. Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre

Líderes das centrais defendem a democracia

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre expressou “solidariedade” pelo ataque terrorista de 8 de janeiro. “A democracia não pode ficar impune. Que todos sejam investigados, sem anistia”, falou.

Na mesma linha, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que a Presidência foi “maculada pela violência fascista”. “Somos testemunhas de todo o esforço do governo Lula em defesa dos direitos sociais e da democracia. Temos um orgulho de estar presente, junto com nosso amigo e companheiro”, completou.

Ele afirmou que as centrais estão empenhadas “em fortalecer os sindicatos e aumentar suas representatividades”. “Devemos combater a pulverização da estrutura sindical”, disse.

“Desmonte do trabalho”

Os líderes das centrais sindicais defenderam que o Ministério do Trabalho foi “desmantelado”, e hoje, há um simbolismo de reconstrução.

“O debate do salário-mínimo não pode ser pautado pelo mercado. Quem depende do salário mínimo é quem não consegue mais fazer o mercado”, disse Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirmou que “quando começa o fascismo, o primeiro a acabar são os sindicatos”. “Temos que revogar isso de trabalhador negociar com patrão. Queremos respeito”, completou.

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