Lula sobe o tom durante ato em Chapecó: “A gente vai dar é porrada”
Manifestantes contrários ao petista entraram em confronto com grupos de apoio. Ex-deputado Paulo Frateschi foi ferido por pedrada
atualizado
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Após diversas manifestações contrárias durante a passagem de sua caravana pelo sul do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso inflamado durante um ato no cidade de Chapecó, em Santa Catarina, na noite deste sábado (24/3). “A gente vai dar é porrada se não respeitarem a gente. Não queremos briga, mas nós não fugiremos dela”, disse Lula. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“Aprendam, fascistas, a fazer democracia, aprendam a convivência democrática e a diversidade, porque senão o ódio vai prevalecer”, afirmou o petista que, minutos antes, havia “aconselhado” os militantes a não ficarem “raivosos com o lado de lá”.
Confrontos
Segundo a Folha de S. Paulo, a Polícia Militar informou que manifestantes contrários à presença do ex-presidente chegaram a cercar acessos à cidade. Antes antes mesmo da chegada de Lula à Praça Coronel Bertaso, onde ele falou ao público, às 21h, esses grupos teriam entrado em confronto com apoiadores do petista.
Ao jornal, o tenente-coronel Ricardo Alves da Silva disse que os manifestantes se atacaram com ovos, pedras e rojões. Por volta das 20h, policias militares tiveram de usar armas de borracha e bombas de efeito moral para conter a multidão e liberar uma via entre o hotel onde Lula se hospedou e a praça Coronel Bertaso.
O tenente-coronel afirmou que um segurança do petista agrediu um homem, que teve ferimentos no rosto. Ele assinou um termo circunstanciado de lesão corporal. Um dos coordenadores da caravana, o ex-deputado Paulo Frateschi foi atingido por uma pedra na orelha ao se postar na frente de Lula, evitando que o ex-presidente fosse ferido. Outro militante também foi atingido na cabeça.