Lula se reúne com Lira e Pacheco para conversar sobre PEC da Transição
Lira e Pacheco não falaram com a imprensa. Reunião entre os políticos ocorre às vésperas da votação da PEC da Transição no Senado e Câmara
atualizado
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta quarta-feira (30/11) com os presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Mais tarde, Lula se encontrará com o do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ambas as reuniões ocorreram no hotel onde o petista está hospedado, no centro de Brasília.
As reuniões entre os políticos está alinhada à articulação pela proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que tem como objetivo retirar do teto os gastos com Bolsa Família em R$ 600. A licença para gastos fora da regra fiscal, ou seja, o buraco no teto, é de quase R$ 200 bilhões por quatro anos (R$ 800 bilhões no fim do mandato de Lula).
O encontro com o alagoano durou cerca de duas horas, entre 11h e 13h. Após o encontro com Lula, Lira se dirigiu à Residência Oficial para um “almoço-reunião” com o deputado e líder do PT da Câmara, Reginaldo Lopes (MG).
Entre 15h e 16h30, Lula também se reuniu com Pacheco no mesmo local. Ambos os presidentes das Casas não falaram com a imprensa. A PEC ainda está no Senado e o assunto do encontro circundou a votação da PEC da Transição, que será célere, até dia 10 de dezembro e o mais próximo do que o PT quer.
Parte da reunião de Pacheco e Lula contou com a presença de Juvandia Moreira, presidente dos sindicatos dos bancários de São Paulo, e a ex-presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho. O teor da conversa não foi revelado.
Eleições ao Legislativo
Além da PEC, Pacheco deve articular com o novo governo sua manutenção na Presidência do Senado. O PL anunciará apoio a Rogério Marinho (PL), senador eleito pelo Rio Grande do Norte. Para conseguir o apoio do PL de Valdemar Costa Neto, Lira deverá apoiar o potiguar.
A decisão vai contra a tentativa de reeleição de Pacheco, que deve ser apoiado pelos senadores ligados ao novo governo. Lira concentra o apoio de partidos do Centrão, novo governo e agora aposição, PL – mais da metade da Câmara.
Como noticiou o Metrópoles, Lira, ao se dirigir para uma reunião com o PL na noite de terça-feira (29/11), foi hostilizado por apoiadores de Jair Bolsonaro após Lira receber apoio do Partido dos Trabalhadores para a sua recondução à Casa. Ele também foi o primeiro chefe de Poder a reconhecer a vitória do petista no segundo turno contra Jair Bolsonaro