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Lula repete Rui Costa ao criticar Bolsonaro sobre violência nas escolas: “Colhe o que plantou”

Além do governo anterior, Lula culpou os donos das redes sociais, que, segundo ele, ficam ricos amplificando “pregação da violência”

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1 de 1 Imagem colorida mostra Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou, sem citar nomes, a fala do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao colocar no governo anterior, a culpa da onda de violência nas escolas brasileiras. O petista também culpou os donos das redes sociais, que, segundo ele, ficam ricos amplificando a “pregação da violência”.

“Se nós plantamos jabuticaba, não vamos colher jaca, muito menos maçã. A gente vai colher o que a gente plantou. Nós estamos colhendo o que a gente plantou. É só ver os discursos que são feitos por esse país afora. Há uma predominância da pregação da violência. Quantos de vocês já foram ofendidos em bar, restaurante, em missa, no culto. Uma coisa que permite e facilita o mau diante do bem”, disse Lula.

E, então, citou as redes sociais. “As chamadas plataformas, grandes empresas que ganham dinheiro com a divulgação da violência, estão cada vez mais ricos. Alguns são os empresários mais ricos do planeta terra e continuam divulgando qualquer mentira. Não têm critério”, completou o presidente.

No sábado, em agenda em Salvador, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que os recentes ataques a escolas que estão amedrontando a população são fruto do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Costa, o ex-presidente incentivava um comportamento violento na população.

“Infelizmente, o Brasil está colhendo aquilo o que foi plantado ao longo dos quatro anos. Como na agricultura, se você plantar semente de mamão, você vai ter um pé de mamão. Se você plantar soja, você vai colher soja. E ao longo dos quatro anos, no Brasil, infelizmente, comandado pelo ex-presidente da República, se plantou ódio racismo, preconceito contra as mulheres, preconceito contra nordestino, preconceito contra negro”, pontuou Rui.

O ministro relembrou episódios em que o ex-mandatário incentivava crianças a fazerem gestos de armas de fogo em eventos oficiais, com imagens amplamente veiculadas.

“O ex-presidente fazia [isso] com frequência botando criança no colo, fazendo sinal de arma e estimulando grupos armados, estimulando ódio. Infelizmente, o Brasil, hoje, ficou parecido com outras nações, com ataques a escolas. Escola é lugar de vida, é lugar de alegria, é lugar de cultura, é lugar de arte. E nós vamos juntos ter que reconstruir nosso país. E reconstruir não é só do aspecto de obras, mas também de valores”, apontou o ministro.

A tática de apontar reponsabilidades do governo anterior, tem sido utilizada com frequência pelo entorno de Lula. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também pontuou, no dia 10 de abril, que a “ideia de violência extremista” liga golpistas políticos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro, a assassinos de crianças em escolas e creches.

Este argumento também foi mencionado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, durante a reunião com os poderes nesta terça-feira (18/4). Para o magistrado, o “modus operandi de organização dos ataques escolares ao dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes”.

“O modus operandi dessas agressões instrumentalizadas, divulgadas pelas redes sociais em relação às escolas, é exatamente idêntico ao utilizado contra as urnas eletrônicas, contra a democracia, instrumentalizado para o 8 de janeiro”, declarou.

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