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Lula reclama de demora para ocupar Alvorada: “Sou um sem-casa”

Presidente Lula está morando com a esposa em um hotel em Brasília, pois o Alvorada, residência oficial da Presidência, passa por reforma

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Cerimônia de assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. No detalhe, o presidente Lula conversa com a primeira-dama Janja - Metrópoles
1 de 1 Cerimônia de assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. No detalhe, o presidente Lula conversa com a primeira-dama Janja - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se queixou, nesta terça-feira (31/1), sobre a demora para ocupar a residência oficial da Presidência da República. O Palácio da Alvorada passa por reformas após a saída de Jair Bolsonaro (PL) e família, em 30 de dezembro de 2022.

“Entre todos vocês, eu sou o cidadão que mais deveria estar reclamando aqui. Aliás, eu nem deveria estar falando aqui no microfone do presidente. Eu deveria estar falando naquele microfone dos movimentos sociais para reivindicar do companheiro Rui Costa, do nosso ministro-chefe da Casa Civil, a casa para o presidente da República morar, porque eu ainda não estou morando numa casa. Eu estou morando no hotel”, iniciou Lula no discurso a representantes de movimentos sociais, no Palácio do Planalto.

“Eu, na verdade, sou um sem-casa, um sem-palácio. Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de eu morar. Porque já faz mais de 45 dias que eu estou no hotel, e não é brincadeira”, prosseguiu.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (31/1), que precisou esquecer ressentimentos para assumir a Presidência da República pela terceira vez
“Tive de esquecer qualquer ressentimento, qualquer espírito de vingança”, afirmou Lula
Lula e Janja
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“Tive de esquecer qualquer ressentimento, qualquer espírito de vingança”, afirmou Lula

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Lula aproveitou para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eu, Janja e duas cachorras da gente estamos dentro de um hotel à espera de que a gente consiga liberar o Palácio da Alvorada, porque o cidadão que estava morando lá, me parece, não tinha nenhuma disposição e nenhum intenção de cuidar daquilo. Nem cama a gente encontrou dentro do Palácio da Alvorada no quarto presidencial”, continuou Lula.

Danos no Alvorada

Em entrevista à GloboNews, no início de janeiro, Janja fez um passeio pela residência oficial e expôs os danos no Alvorada encontrados pela equipe do presidente Lula, assim que a família Bolsonaro desocupou o local.

Janja apontou, para a jornalista Natuza Nery, vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisarão ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol.

“O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, observou a primeira-dama.

Lula fez uma consulta informal a ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a necessidade de uma licitação para comprar móveis e fazer pequenas reformas no Alvorada.

Ainda não há definição de data sobre a mudança de Lula para a residência oficial.

Evento com movimentos sociais

Nesta terça, Lula assinou dois decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. Esses instrumentos visam, segundo o governo, ampliar a consulta à sociedade e restabelecer as pontes com os movimentos sociais.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, o conselho será composto por 68 representantes de movimentos e entidades, com reuniões a cada três meses.

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