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Lula faz 1ª reunião ministerial e pede boa relação com o Congresso

“Cada um de vocês, ministros, tem de manter a mais harmônica relação com o Congresso”, disse Lula, afirmando que não haverá veto ideológico

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O presidente Lula faz primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto e pede boa relação com o Congresso Nacional. Na imagem ele está de pé, na ponta de uma mesa, falando em microfone com bandeiras do Brasil atrás e ao lado de Alckmin - Metrópoles
1 de 1 O presidente Lula faz primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto e pede boa relação com o Congresso Nacional. Na imagem ele está de pé, na ponta de uma mesa, falando em microfone com bandeiras do Brasil atrás e ao lado de Alckmin - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reuniu nesta sexta-feira (6/1) seus 37 ministros de Estado, no Palácio do Planalto, em Brasília. É a primeira reunião ministerial de Lula desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro deste ano. Logo após fazer seu discurso, por volta das 10h, o presidente se fechou com os ministros.

Um dos pontos mais importantes da fala de Lula foi a respeito do relacionamento com o Congresso.

“Nós temos que saber que nós é que precisamos manter uma boa relação com o Congresso Nacional, e cada um de vocês, ministros, tem a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso Nacional”, resumiu Lula.

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Segundo ele, não importa se algum ministro divirja de um deputado ou de um senador. “Quando a gente vai conversar a gente não está propondo um casamento, a gente está propondo aprovar matéria ou fazer uma aliança momentânea em torno de algum assunto que interessa ao povo brasileiro”, apontou Lula.

“Eu quero dizer para vocês que vou fazer a mais importante relação com o Congresso Nacional que eu já fiz.”

Lula também se dirigiu aos líderes do governo no Congresso, que também participam da reunião.

“Vocês não se preocupem, porque vocês vão ter um presidente disposto a fazer tantas quantas conversas forem necessárias com as lideranças, com os partidos políticos, com o presidente Rodrigo Pacheco e com o presidente Arthur Lira. Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, apontou.

Nas palavras de Lula, o governo precisa do Congresso. “Eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar os quatro anos”, prometeu.

Veja:

O encontro começou perto das 10h, com o discurso de Lula. Depois, os participantes fecharam as portas para o encontro oficial. Entre os 37 ministros, estava Geraldo Alckmin (PSB), que, além de ministro da Indústria e Comércio, exerce o cargo de vice-presidente da República.

Além dos ministros, estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Confira quem são os ministros de Lula

  • Fernando Haddad (PT) – Ministério da Fazenda
  • Flávio Dino (PSB) – Ministério da Justiça
  • José Múcio Monteiro – Ministério da Defesa
  • Mauro Vieira – Ministério das Relações Exteriores
  • Rui Costa (PT) – Casa Civil
  • Alexandre Padilha (PT) – Secretaria de Relações Institucionais
  • Márcio Macedo (PT) – Secretaria-Geral da Presidência da República
  • Jorge Messias – Advocacia-Geral da União
  • Nísia Trindade – Ministério da Saúde
  • Camilo Santana (PT) – Ministério da Educação
  • Esther Dweck – Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
  • Márcio França (PSB) – Ministério de Portos e Aeroportos
  • Luciana Santos (PCdoB) – Ministério da Ciência e Tecnologia
  • Cida Gonçalves – Ministério das Mulheres
  • Wellington Dias (PT) – Ministério do Desenvolvimento Social
  • Margareth Menezes – Ministério da Cultura
  • Luiz Marinho (PT) – Ministério do Trabalho
  • Anielle Franco – Ministério da Igualdade Racial
  • Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humano
  • Geraldo Alckmin (PSB) – Ministério da Indústria e Comércio
  • Vinícius Carvalho – Controladoria-Geral da União
  • Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional
  • Paulo Pimenta (PT) – Secretaria de Comunicação
  • Carlos Fávaro (PSD) – Ministério da Agricultura
  • Waldez Góes (PDT) – Ministério da Integração
  • André de Paula (PSD) – Ministério da Pesca
  • Carlos Lupi (PDT) – Ministério da Previdência
  • Jader Filho (MDB) – Ministério das Cidades
  • Juscelino Filho (União Brasil) – Ministério das Comunicações
  • Alexandre Silveira (PSD) – Ministério de Minas e Energia
  • Paulo Teixeira (PT) – Ministério do Desenvolvimento Agrário
  • Ana Moser – Ministério do Esporte
  • Marina Silva (Rede) – Ministério do Meio Ambiente
  • Simone Tebet (MDB) – Ministério do Planejamento
  • Daniela Souza Carneiro (União Brasil) – Ministério do Turismo
  • Sonia Guajajara (PSOL) – Ministério dos Povos Originários
  • Renan Filho (MDB) – Ministério dos Transportes

Embaraços

Críticas ao BC

Antes do encontro, dois ministros de Lula já deram declarações embaraçosas para o novo governo. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, criticou o Banco Central (BC), afirmando que o juro básico aplicado pela autarquia, em 13,75% ao ano, era “fora de propósito” e que essa seria uma situação “completamente anômala”.

“Nova” reforma da Previdência

Carlos Lupi, ministro da Previdência, afirmou, durante seu discurso de posse, que o novo governo pretende fazer uma nova reforma da previdência social. “Vou criar uma comissão quatripartite [sindicatos patronais, dos aposentados, do governo, centrais sindicais]”, disse Lupi.

A declaração de Lupi foi desmentida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. “Não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada neste momento para revisão de reforma, seja previdenciária ou outra. Neste momento não tem nada sendo elaborado”, afirmou após a posse de Geraldo Alckmin no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

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