“Lula livre”: centrais fazem ato neste 1º de Maio em todo o país
Forças sindicais afirmam que essa é a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores lideranças de trabalhadores se unem
atualizado
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As maiores e principais centrais sindicais do país planejam para este 1º de Maio, em todo o país, ato “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e 1 mês de reclusão em uma sala especial no último andar da sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), desde a noite de 7 de abril.
De acordo com o PT, será a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores centrais sindicais brasileiras se unirão para o 1º de Maio. O partido divulgou em seu site que “a defesa da liberdade do ex-presidente Lula” unificou CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical.
As forças sindicalistas também estarão unificadas durante manifestações em São Paulo (SP), Maceió (AL), Macapá (AM), Amazonas (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Vitória (ES), Goiás (GO), Campo Grande (MT), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).
Em Brasília
Na capital federal, a mobilização será realizada no estacionamento entre a Funarte e a Torre de TV, a partir das 9h. O chamado 1º de Maio da Classe Trabalhadora é organizado conjuntamente pela CUT Brasília em parceria com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Além da bandeira Lula Livre, o ato na capital também reforça o slogan Marielle Vive, que cobra rigor na apuração do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSol-RJ), morta em 14 de março no Rio de Janeiro.
No evento, que deve reunir trabalhadores, sindicalistas, militantes e estudantes, estão previstos debates políticos, apresentações culturais, brincadeiras para crianças e o encerramento com o Samba de Tapera.
“Frente a esse momento de intensas ofensivas contra nossos direitos e contra a democracia, precisamos ratificar essa data tão importante para os trabalhadores, sem nos esquecer do que ela representa e de quantas lutas enfrentamos para chegar até aqui. É um momento de celebração, mas, sobretudo, de resgate e reflexão”, apontou o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores de Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Condenação
O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP). Segundo a Operação Lava Jato, Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da OAS na forma de ampliação e melhorias do imóvel situado no litoral paulista. O petista afirma e reafirma não ser dono do apartamento.
O líder político responde a mais seis processos criminais – quatro em Brasília e dois sob condução do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba. Entre as ações, estão o caso do sítio de Atibaia (SP), que o ex-presidente também reitera não ser seu, e o relacionado à suposta propina da empreiteira Odebrecht para aquisição de um apartamento vizinho ao imóvel onde Lula reside em São Bernardo do Campo (SP) e de um terreno onde seria instalada a futura sede do Instituto Lula. (Com informações da Agência Estado)