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Lula integra MST ao “Conselhão” do governo em meio à crise com o agro

Governo Lula vive uma crise na relação com o agronegócio, envolvendo a participação e patrocínio ao Agrishow. Setor é resistente ao MST

atualizado

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MST/Divulgação
Lula discursa com bandeira do MST ao fundo
1 de 1 Lula discursa com bandeira do MST ao fundo - Foto: MST/Divulgação

Em meio à crise na relação com o agronegócio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integrou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o chamado “Conselhão”. A informação foi confirmada neste sábado (29/4) por Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

“O presidente Lula convidou o MST para o Conselhão e o convite foi aceito. O trabalho na agricultura familiar vai contribuir com políticas para a produção de alimentos saudáveis no nosso país”. disse Alexandre Padilha, no Twitter. O conselho foi formado em março para auxiliar o Executivo sobre políticas públicas

O movimento acontece em meio à disputa envolvendo o governo federal e representantes do agronegócio, setor com alta resistência à atuação do MST por reforma agrária. Nesta semana, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, foi “desconvidado” a participar da Agrishow, evento que contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na abertura.

Como retaliação, o governo federal cancelou o patrocínio do Banco do Brasil ao evento. Fávaro pretendia utilizar o evento para o lançamento oficial de uma linha de financiamento em dólar para o agronegócio, que será operada pelo BNDES, e para anunciar mais recursos para o Plano Safra deste ano. A feira começa em 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP).

CPI do MST

Enquanto isso, aproxima-se a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados sobre as invasões e ocupações do MST. O requerimento foi lido pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Nos bastidores, espera-se que a presidência seja do Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) ou Ricardo Salles (PL-SP), ambos bolsonaristas.

Padilha aproveitou para dar o tom da base governista sobre a comissão: “Aproveito para ressaltar que não existe nenhum fato determinado, como exige a Constituição, para a criação de eventual CPI sobre o MST”.

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