Lula “está aliado com a paz”, diz ministro após visita de Lavrov
Durante agenda internacional, Lula acusou EUA e Europa de prolongarem conflito na Ucrânia, o que gerou críticas à política externa do Brasil
atualizado
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (18/4) que o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) “está aliado com a paz” ao ser questionado sobre recentes declarações do mandatário sobre a guerra na Ucrânia.
Durante agenda na China e nos Emirados Árabes, Lula acusou os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra no Leste Europeu, que já dura mais de um ano. Em resposta, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse, nessa segunda-feira (17/4), que o Brasil “papagueia propaganda russa e chinesa” sobre o conflito entre russos e ucranianos. O Itamaraty, por sua vez, rechaçou a crítica à política externa brasileira.
Nessa segunda, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, se reuniu com o Encarregado de Negócios da Rússia, Sergey Lavrov. Em declaração conjunta após o encontro, o russo disse, sem citar a guerra na Ucrânia, que Brasil e Rússia dividem uma “visão similar” sobre os acontecimentos globais. Lula e Lavrov ainda tiveram uma reunião reservada, sem declarações à imprensa.
“O presidente [Lula] está aliado com a paz. Isso faz parte da postura educada, quando a pessoa vem te visitar na sua casa. O Brasil está aliado à paz. A gente não tem que ter a postura de jogar mais gasolina no conflito bélico”, afirmou Padilha durante entrevista à rádio CBN.
Na entrevista, o ministro de Lula disse que a viagem de Lula à China “não afeta em nada tanto as atividades econômicas como a forte parceria estratégica com os Estados Unidos”.
“O Brasil sempre teve uma postura independente em relação à política internacional. É uma cultura histórica do Itamaraty“, declarou.