Lula encontra Macron em reunião bilateral no Palácio do Eliseu
Mais cedo, Lula alfineto Macron e classificou como “ameaças” as restrições impostas em documento adicional requisitado pela União Europeia
atualizado
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Em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Palácio do Eliseu para reunião bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron. Mais cedo, o mandatário brasileiro classificou como “ameaças” as restrições impostas em documento adicional enviado pela União Europeia (UE) ao Mercosul, para garantir a concretrização do acordo de livre comércio entre os dois blocos.
O encontro, previsto na agenda oficial do chefe do Executivo brasileiro servirá para que os dois conversem a sós, sobre assuntos relacionados a parceria entre o Brasil e a França.
Com uma agenda intensa, mais cedo, o petista se encontrou com o presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional da República Francesa, Jean-Luc Mélenchon, e participou da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global.
Na ocasião, Lula teceu comentários acerca da relação União Europeia (UE) e Mercosul: “Os acordos comerciais têm de ser mais justos. Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível. A carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo”, declarou o petista.
“Nós vamos fazer a resposta, e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós tenhamos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo uma ameaça a um parceiro estratégico. Como a gente vai resolver isso?”, prosseguiu, se referindo a Macron.
Em viagem à Europa esta semana, o titular do Palácio do Planalto tenta costurar um apoio para o andamento do tratado, emperrado há duas décadas. Em coletiva de imprensa nessa quinta (22/6), Lula chamou o documento de “inaceitável” e prometeu debater o assunto com o presidente francês.
Os dois líderes têm uma relação amigável, e Lula restabeleceu, em janeiro, as relações diplomáticas estremecidas entre os países após um incômodo com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar do clima amistoso, Lula e Macron ainda divergem em temas estratégicos, como posicionamentos em relação à guerra na Ucrânia e o andamento do tratado.