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Lula e Lira tentam acordo para aprovação da MP dos Ministérios

Lula e presidente da Câmara dos Deputados tentam costurar acordo para aprovar MP que reorganiza Esplanada dos Ministérios

atualizado

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José Cruz/ Agência Brasil
Arthur Lira e Lula
1 de 1 Arthur Lira e Lula - Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Em meio aos impasses para aprovar a medida provisória (MP) que reorganiza a Esplanada dos Ministérios, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ligou para Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, na tentativa de construir um acordo.

Ao Metrópoles interlocutores do deputado afirmaram que a ligação ocorreu por volta das 9h, e contou com participação do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, também participou da ligação.

Há expectativa de um encontro presencial entre Lula e Lira nesta tarde. Depois, o presidente da Câmara, que está reunido com líderes partidários na Residência Oficial, deve se dirigir ao Congresso Nacional para iniciar a votação da MP.

A ideia é de que o texto seja aprovado ainda nesta tarde e que siga ao Senado em seguida. A expectativa do governo é aprovar a MP na Casa Alta até o fim do dia, tendo em vista que a medida provisória caduca, ou seja, perde validade na quinta-feira (1°/6).

Caso o texto não seja apreciado no prazo correto, a matéria perderá efeito, e a organização da Esplanada dos Ministérios voltará à dinâmica estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL); presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva; presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante o discurso de posse
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Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL); presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva; presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante o discurso de posse

Hugo Barreto/Metrópoles

Aprovação do texto

Ao sair da reunião de líderes com Arthur Lira, o líder do PSB na Câmara, Filipe Carreras (PSB-PE), afirmou que a ligação entre Lira e Lula não tratou de mudanças no parecer redigido por Isnaldo Bulhões (MDB-AL), mas sim da própria aprovação do texto.

O “blocão” de Lira, formado por PSB, PP, União Brasil, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante e PDT, não apresentará destaques ao texto. O PT também não deve ofertar mudanças à pauta.

“A reunião do colégio de líderes [reúne bancadas] de centro. São bancadas expressivas que decidem votação no plenário. Torço para que eles não derrotem uma matéria que é muito importante para o país”, pontuou Carreras.

Votação

Esperava-se, na Câmara, a aprovação de duas medidas provisórias na terça-feira (30/5): a MP nº 1.164/2023, responsável pelo Bolsa Família e criação do auxílio-gás, e a MP nº 1.154/2023, a primeira assinada pelo presidente Lula e que estabelece a organização da Esplanada dos Ministérios.

O texto, que teve relatoria de Isnaldo Bulhões, esvazia pastas de Lula e troca atribuições de ministérios como o do Meio Ambiente e o dos Povos Originários.

Somente a MP do Bolsa família foi aprovada pelos deputados e segue para o Senado. Diante do clima de insatisfação geral com a articulação do governo Lula na Câmara dos Deputados, uma reunião de líderes foi convocada antes da votação, e a análise da MP da Esplanada acabou adiada. Agora, o texto deve ser discutido nesta quarta (31/5) no plenário.

A expectativa das lideranças governistas é de aprovação célere da MP, sendo possível enviá-la ao Senado para votação em plenário ainda nesta quarta. Para isso, ainda será necessário costurar, rapidamente, um acordo na Casa Alta.

MPs e o coração do governo

Desde o início do mandato, Lula enviou 21 MPs ao Congresso Nacional. Do total, sete perdem a validade na quinta. Medidas provisórias têm efeito imediato de lei, mas devem ser apreciadas pelo parlamento em até 120 dias. Caso contrário, as matérias “caducam” e perdem o efeito.

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