Lula diz que vai à Justiça por “absurdos” na Petrobras: “Não vai ficar por isso”
Durante entrevista à TV 247, o petista se queixou sobre a venda da Eletrobras e também sobre altos salários de diretores da Petrobras
atualizado
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Em entrevista à TV 247, na manhã desta terça-feira (21/3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo quer retomar o controle da Petrobras e da Eletrobras. Segundo o mandatário, alguns absurdos na Petrobras não vão “ficar por isso mesmo”.
“Não vai ficar por isso. Estamos entrando na Justiça contra a votação sobre o peso da Petrobras na direção da empresa e nós entramos também na Justiça com relação ao preço pra ser vendido da Petrobras. O salário dos diretores aumentou de R$ 60 mil para R$ 360 mil por mês, um cidadão que está num conselho ganha R$ 200 mil para participar de uma reunião por mês. Esses absurdos estamos vendo como mudar”, esclareceu Lula.
Ainda sobre a Petrobras, Lula continuou a rechaçar os altos salários e disse que metade do dinheiro que é pago à alta cúpula da empresa, poderia ser investido em pesquisa para aperfeiçoar o mercado de petróleo brasileiro.
“Vamos voltar a fazer que Petrobras seja grande empresa de investimento nesse país. Não é só empresa de petróleo, é de energia, tem que preocupar com gás, biodiesel… não pode ser vendedora pra ter lucro de R$ 200 bilhões para distribuir pra acionistas minoritários, quando metade desse dinheiro poderia ser investimento em salário para pesquisar novas fontes de energia e petróleo. É um absurdo”, completou.
Privatização da Eletrobras
“Eles venderam a Eletrobras parece que por R$ 36 bilhões e esse dinheiro é utilizado pra pagar a dívida pública, não existe sinais de baixar preço da energia e, mais grave ainda, fizeram loucura: embora governo tenha 40% das ações, só participa da votação com 10%. Foi feito pra proibir a gente de tomar de volta”, disse Lula.
Lula disse ainda que, apesar da venda da empresa, “já tem fundo pensando em vender”. “Espero que um dia, se tivermos condições, que a gente volte a ser o dono”, refletiu.