Lula diz que, se depender dele, Dilma assumirá banco do Brics
Lula elogiou Dilma Rousseff e disse que, “se depender dele”, a ex-presidente vai representar o Brasil no NDB, o banco do Brics
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (16/2) que, “se depender” dele, a ex-presidente Dilma Rousseff vai representar o Brasil no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics.
“Se depender de mim, ela vai”, disse Lula em entrevista à CNN Brasil. Em seguida, ele reconheceu a falta de traquejo político no governo da sucessora, mas ressaltou que ela possui reconhecimento no PT e é “competente tecnicamente”.
“Acho que faltou um pouco de conversa, um pouco de paciência. Mas a Dilma é uma mulher extraordinária, uma pessoa digna de muito respeito. E o PT adora ela. Ela, junto à militância do PT, é muito querida. E ela tem uma coisa, que é muito competente tecnicamente. Então, se ela for presidenta do banco dos Brics, será uma coisa maravilhosa para os Brics, será uma coisa maravilhosa para o Brasil.”
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Sediado em Xangai, na China, o Banco dos Brics financia projetos de infraestrutura e sustentabilidade nos países que integram o grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A indicação da petista já recebeu o aval dos demais países do bloco e deve ser oficializada nos próximos dias.
Auxiliares de Lula no Palácio do Planalto dão como certa, nos bastidores, a indicação da ex-presidente para o NDB. Segundo o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, Dilma está propensa a aceitar o convite.
Uma das ideias estudadas, nos bastidores, é de que a ex-presidente da República despache do Brasil, em razão da distância até a Xangai.
O atual presidente da instituição, Marcos Troyjo, deve renunciar ao cargo – ele já foi procurado pelo governo brasileiro e informado sobre a indicação de Dilma.
Troyjo, que assumiu o comando do banco em 2020, teria sido sondado para participar da gestão do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas. Seu mandato à frente do banco dos Brics se encerraria apenas em 2025. O empresário foi secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes, e é visto como bolsonarista pelo governo Lula.