Lula diz que países ricos devem financiar preservação de florestas
Presidente Lula discursou em festival de música em Paris. Mais cedo, ele se reuniu com os presidentes da África do Sul e de Cuba
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender que os países ricos sejam responsáveis por financiar as nações em desenvolvimento e que tenham reservas florestais.
Ao participar, nesta quinta-feira (22/6), do festival de música Power Our Planet, que acontece em Paris, na França, o petista ainda disse que quem poluiu o planeta nos últimos anos “foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial” e que, segundo ele, “têm uma dívida histórica” com o planeta.
Em sua fala, Lula ainda disse que fará “todo e qualquer esforço” para manter a floresta amazônica “em pé”. Ele também voltou a falar do compromisso do Brasil em atingir o desmatamento zero na Amazônia até 2030.
“Vamos ser muito duros contra toda e qualquer pessoa que quiser derrubar uma árvore para plantar soja, milho ou criar gado. A Amazônia é um território soberano do Brasil, mas, ao mesmo tempo, ela pertence a toda humanidade, e por isso faremos todo e qualquer esforço para manter a floresta em pé”, afirmou.
A participação de Lula no festival faz parte de uma série de agendas do presidente na França. Mais cedo, nesta quinta, ele se reuniu com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Nesta sexta-feira (23/6), ele ainda deve se encontrar com o presidente da França, Emmanuel Macron, para uma reunião bilateral.
Cúpula de Macron
Lula também deve participar da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que reúne chefes de Estado de todo o mundo e é organizada por Macron.
O evento tem o objetivo de discutir o sistema financeiro internacional e a redução de desigualdades. Na ocasião, temas como o combate às mudanças climáticas e a preservação do meio ambiente, provavelmente, serão abordados.
Além de Lula e Macron, participam do evento: o chanceler alemão, Olaf Scholz; o presidente do Senegal, Macky Sall; o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e representantes do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).