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Lula diz que fará reunião nesta semana para reduzir a fila do INSS

Atualmente, 1,7 milhão de brasileiros aguardam perícias médicas do INSS. Na semana passada, governo federal trocou o comando do órgão

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Hugo Barreto/Metrópoles
LulaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os 37 ministros do seu governo para uma reunião nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto. Local: Palácio do Planalto
1 de 1 LulaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os 37 ministros do seu governo para uma reunião nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto. Local: Palácio do Planalto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (11/7), que terá uma reunião durante a semana para tratar sobre o tamanho da fila de brasileiros que aguardam perícias médicas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

A declaração de Lula ocorreu durante o “Conversa com o Presidente”, sua live semanal, transmitida ao vivo pelas redes sociais. Segundo ele, “não há explicação” para o tamanho da fila, atualmente em 1,7 milhão.

Na live, Lula disse que o governo precisa identificar se a fila é consequência da falta de verba ou falta de funcionários para gerenciar as perícias. De acordo com o presidente, caso seja necessário, será preciso ainda trocar quem “não tem competência” no INSS. O órgão é vinculado ao Ministério da Previdência Social, chefiado por Carlos Lupi.

“Eu tenho uma reunião esta semana para discutir qual é o problema que está acontecendo que as filas [do INSS] tem por volta de 1,9 milhão de pessoas. Não há nenhuma explicação, a não ser ‘ah, eu [INSS] não posso aposentar porque eu [INSS] não tenho dinheiro para pagar [o beneficiado]’”, afirmou .

“Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer porque tem essa fila. Se é falta de funcionário, a gente tem que contratar funcionário, se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência”, acrescentou Lula.

Desde janeiro deste ano, o INSS tem sofrido constantes problemas nos sistemas do órgão, gerenciados pelo Dataprev, que levaram ao cancelamento e reagendamento de diversas perícias.

O governo federal já anunciou que pretende abrir um concurso para contratar 1,7 mil peritos. A ideia é que também sejam adotados novos protocolos, como a teleperícia, para agilizar os atendimentos.

Troca no comando do INSS

Na semana passada, o governo federal trocou o comando do INSS e nomeou o procurador federal Alessandro Antônio Stefanutto para a presidência do órgão, no lugar de Glauco André Wamburg.

Wamburg foi exonerado do cargo após a coluna Na Mira, do Metrópoles, revelar os gastos excessivos do então presidente interino do INSS com passagens e diárias em viagens, uma suposta “farra das passagens”, sobretudo para o Rio de Janeiro, cidade onde tem residência fixa. Ele estava no comando do órgão de forma interina desde fevereiro. Antes de assumir a função, Wamburg comandou uma entidade de assistência social vinculada ao governo do Rio e que foi alvo de investigações por suspeita de corrupção.

O novo chefe do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto, é ex-chefe da Procuradoria Federal Especializada do INSS. Ele integrou a equipe de transição do governo, no ano passado, para assuntos voltados à Previdência Social. Em março deste ano, ele foi nomeado Diretor de Orçamento, Finanças e Logística do INSS.

 

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