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Lula decreta intervenção federal na segurança pública do DF para conter bolsonaristas

A medida assinada por Lula permite o uso das Forças Armadas para conter bolsonaristas que promovem vandalismo no Distrito Federal

atualizado

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1 de 1 Lula - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na tarde deste domingo (8/1), uma intervenção federal na segurança pública do DF por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O objetivo é frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promovem nos prédios dos Três Poderes.

Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, comandará a operação de intervenção. A medida valerá, inicialmente, até o dia 31 de janeiro.

A intervenção só afeta a área de segurança pública. Não há alteração nas outras atribuições de Ibaneis Rocha (MDB), que segue como governador do DF. O decreto assinado por Lula (leia mais abaixo) permite que as Forças Armadas atuem na capital federal para a retomada da ordem pública.

Antes da medida ser decretada, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal acionou a Polícia Militar para conter os manifestantes, mas não obteve êxito.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também havia determinado o emprego da Força Nacional, o que também não foi suficiente.

Mais cedo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que acionaria a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que fosse decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Veja a íntegra do decreto de intervenção:

Decreto intervenção federal by Manoela Alcântara on Scribd

“Todas essas pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas. Vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, livre comunicação e livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as insituições que foram criadas para fortalecer a democracia. Essas pessoas, vândalos, nazistas e fascistas fanáticos fizeram o que nunca foi feito na história desse país”, disse Lula na coletiva.

Destruição no centro de Brasília

Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde deste domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.

Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas (veja fotos do interior do Palácio do Planalto depredado). Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.

O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.

“Deus está do nosso lado e vai jogar todo o gás pra eles de volta”, disse um dos manifestantes enquanto tentava invadir a Corte. “A polícia está com nós. A PM liberou para gente ficar aqui”, afirmou um bolsonarista.

Veja a destruição no Palácio do Planalto:

6 imagens
Manifestantes quebraram as janelas
Extremistas quebram móveis do interior do Palácio
Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio
Há gavetas reviradas e armários depredados
Congresso Nacional e STF também foram invadidos
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Extremistas conseguiram entrar no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023

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Manifestantes quebraram as janelas

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Extremistas quebram móveis do interior do Palácio

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Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio

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Há gavetas reviradas e armários depredados

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Congresso Nacional e STF também foram invadidos

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