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Lula comanda terceira reunião ministerial no Palácio do Planalto

Reunião entre Lula e ministros deve durar toda a manhã. Objetivo é fazer balanço dos 6 meses de governo e traçar estratégias para 2023

atualizado

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Ricardo Stuckert
Reunião do presidente Lula com os 27 chefes do executivo nacional no Palácio do Planalto para tratar de demandas dos estados. Na imagem, Lula fala em ponta de mesa ladeado por Alckmin e Alexandre Padilha - Metrópoles
1 de 1 Reunião do presidente Lula com os 27 chefes do executivo nacional no Palácio do Planalto para tratar de demandas dos estados. Na imagem, Lula fala em ponta de mesa ladeado por Alckmin e Alexandre Padilha - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu pela terceira vez os 37 ministros para fazer um balanço dos primeiros seis meses de governo. O encontro ocorre no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (15/6).

No discurso de abertura do evento, o petista listou quais temas serão priorizados: o novo PAC, programas Luz para Todos e Água para Todos, construção de escolas e marco fiscal. “Que a gente possa sair daqui com a certeza de tudo aquilo que vamos fazer até 31 de dezembro de 2026”, disse Lula.

O mandatário disse também que os ministros estão proibidos de apresentar novos projetos, enquanto os atuais não forem todos concretizados. “Daqui pra frente, a gente vai ser proibido de ter novas ideias. A gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora. A única coisa que pode mudar é a criação de escolas, porque cada vez que uma pessoa pede uma escola, eu vou dizer que vamos fazer”, brincou o presidente.

O chefe do Executivo também aproveitou a ocasião para dar um puxão de orelha nos ministros pelas falhas recentes de comunicação.

Lula cobrou que os ministros tenham “profissionalismo” e o “mínimo de educação” para divulgar as iniciativas do governo e elaborar ações coletivamente. O petista ainda fez um afago ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, responsável por divulgar os programas da gestão federal.

“Vai ter uma discussão sobre a relação dos ministros com a Secom. A gente pode fazer divulgação das coisas que a gente faz com muito mais profissionalismo, se a gente tiver o mínimo de educação para fazer as coisas coletivamente. É para isso que colocamos o deputado Paulo Pimenta, aquela figura alegre, sorridente, simpática, gaúcho dos pampas de Santa Maria, para coordenar a nossa comunicação”, brincou Lula.

Veja o discurso de Lula na abertura da reunião:

Os ministros Luiz Marinho, do Trabalho e Previdência e Marina Silva, do Meio Ambiente, estão ausentes. Veja os presentes:

• Geraldo Alckmin, Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
• Flávio Dino, Ministro da Justiça e Segurança Pública
• Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores
•Margareth Menezes, Ministra da Cultura
Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orcamento
• Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária
• Francisco Macena, Ministro, substituto, do Trabalho e Emprego
• Luciana Santos, Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação
• Ana Moser, Ministra do Esporte
• Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome
• Juscelino Filho, Ministro das Comunicações
• Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
• Cida Gonçalves, Ministra das Mulheres
• Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas
• Sílvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania
• Marco Antonio Amaro, Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
• Paulo Pimenta, Ministro Chefe da Secretaria de Comunicação Social
• Vinícius Marques Carvalho, Ministro da Controladoria-Geral da União
• Senador Jaques Wagner, Líder do Governo no Senado Federal
• Maria Rita Serrano, Presidenta da Caixa
• Jean Paul Prates, Presidente da Petrobras
• Rui Costa, Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República
• José Múcio Monteiro, Ministro da Defesa
• Nísia Trindade, Ministra da Saúde
• Esther Dweck, Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
• Márcio França, Ministro de Portos e Aeroportos
• Camilo Santana, Ministro da Educação
• Carlos Lupi, Ministro da Previdência Social
• João Capobianco, secretário-executivo do Meio Ambiente e Mudança do Clima
•Daniela Carneiro, Ministra do Turismo
•Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia
• Waldez Góes, Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional
• Jader Filho, Ministro das Cidades
• Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial
• André de Paula, Ministro da Pesca e Aquicultura
• Márcio Macedo, Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
• Alexandre Padilha, Ministro Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
• Jorge Messias, Advogado-Geral da União
• Senador Randolfe Rodrigues, Líder do Governo no Congresso Nacional
• Deputado Federal José Guimarães, Líder do Governo na Câmara dos Deputados
• Paulo Câmara, Presidente do Banco do Nordeste do Brasil
• Felipe Prince, Vice-Presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco do Brasil
• Aloísio Mercadante, presidente do BNDES

O chefe do Executivo federal deve cobrar pressa dos ministros para apresentar iniciativas e programas que aumentem a popularidade da gestão. Na terça-feira (13/6), durante primeira live “Conversa com o Presidente”, Lula falou sobre a intenção do encontro.

“Eu tenho pressa. E essa pressa eu costumo passar para os meus ministros”, disse Lula, na ocasião. “E, quinta-feira, vou ter uma reunião com os ministros para cobrar pressa. Não há tempo a perder. Não há tempo para conversa-fiada. Ou seja, nós temos de levantar de manhã trabalhando, parar de trabalhar o mais tarde possível da noite e, no dia seguinte, levantar cedo outra vez”, discursou Lula.

Despedida para uma ministra

A reunião ministerial desta quinta deverá marcar também uma espécie de despedida para a chefe da pasta do Turismo, Daniela Carneiro. Lula deverá assinar nos próximos dias a dispensa dela, mas os responsáveis pela saída são os colegas de União Brasil, que estão colocando o governo na parede para forçar a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União-PA) para o lugar de Daniela.

O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, abriu o jogo nesta semana sobre a pressão da bancada do União na Câmara para trocar não apenas Daniela, mas os outros dois ministros que o partido indicou no início do governo: Juscelino Filho, das Comunicações, e Waldez Góes, da Integração Nacional. Eles deverão seguir na berlinda por mais algum tempo, mas Daniela deve abrir a “minirreforma” ministerial na próxima semana.

A troca é uma tentativa do governo de destravar o principal nó: a falta de uma base consolidada no Congresso, em especial na Câmara, que tem levado a grandes dificuldades para a aprovação da agenda governamental.

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