Lula chega ao CCBB para se reunir com parlamentares da base aliada
É a 1ª vez que o presidente eleito visita a sede da transição de governo. No local, Lula também deve ter uma série de reuniões internas
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita, na manhã desta quinta-feira (10/11), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo.
No CCBB, Lula se reúne com parlamentares aliados (leia sobre o encontro mais abaixo). É a primeira vez que o petista comparece ao local. Ele também terá uma série de reuniões internas.
Na quarta-feira (9/11), a futura primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, teve agendas na sede da transição. Ela também deve despachar do CCBB nesta quinta. A esposa de Lula vai coordenar a equipe que cuidará do evento de posse do marido, em 1º de janeiro.
As agendas do presidente eleito em Brasília começaram nessa quarta. Na capital federal, ele se reuniu com chefes de Poderes, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-PL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber; e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Ao fim da rodada de reuniões, Lula disse ser “plenamente possível” recuperar a “normalidade” nas relações entre as instituições. Ele também defendeu o diálogo com o Centrão, grupo parlamentar que atualmente dá apoio ao governo Bolsonaro, mas que já integrou a base de governos petistas.
Transição para o governo Lula
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prevê a criação de 31 grupos temáticos para trabalhar nos próximos dois meses.
Vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) coordena a equipe. Na terça (8/11), ele assinou uma portaria que instala o gabinete de transição e anunciou os primeiros integrantes dos grupos temáticos:
- Economia: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida;
- Assistência social: Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão.
Encontro com parlamentares
A agenda com deputados e senadores tem o objetivo de ampliar a base do futuro governo no Congresso Nacional. O encontro também terá como pauta a articulação da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que garante a manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo.
A ideia é que a proposta seja aprovada ainda neste ano. O texto tem sido preferido por aliados próximos a Lula ante a edição de uma medida provisória, no início do mandato do petista, no ano que vem, que abriria crédito extraordinário para a realização dos pagamentos. A PEC, no entanto, defendem colaboradores do texto, traz mais segurança jurídica e evita eventuais questionamentos no Tribunal de Contas da União (TCU).
Se tratando de uma PEC, a proposta só poderá ser aprovada pela Câmara se obtiver o apoio mínimo de três quintos dos deputados (308 dos 513), em dois turnos de votação. Se aprovada, seguirá para o Senado, onde será submetida novamente a dois turnos e precisará receber apoio de ao menos 49 dos 81 senadores.