Lula avisa Margareth Menezes: “Vamos fazer uma revolução cultural”
Presidente Lula fez primeira reunião ministerial de seu governo nesta sexta-feira. Na abertura, ele elencou compromissos com o 1º escalão
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta sexta-feira (6/1), a primeira reunião ministerial do novo governo. No discurso de abertura do encontro, o petista mandou um recado à ministra da Cultura, Margareth Menezes, e defendeu que os dois vão liderar uma “revolução cultural no país”.
“Nessa 1ª nossa reunião, Margareth, se prepare. Vamos ter que fazer revolução cultural nesse país. Povo precisa de cultura, porque parte da violência existe pela ausência do Estado no cumprimento das obrigações. Tá faltando saúde, educação, lazer, esporte, quase tudo”, justificou o chefe do Executivo federal.
A reunião ministerial entre o presidente, vice, os 37 ministros e os líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal começou por volta das 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O petista emendou que o tema da Cultura abarca o desenvolvimento dos jovens, em especial, da população em situação de vulnerabilidade. “Que jovem nós estamos criando? O Estado, ao invés de culpar o povo pobre da periferia, tem que ocupar a ausência do Estado e estar presente onde o povo precisa de nós”.
“Esse compromisso não arredo o pé. Vocês vão ver senhor de 77 anos com energia e que não vai ter um minuto de cansaço enquanto a gente não conseguir resolver problema da sociedade”, emendou.
Relação com o Congresso
Entre as questões abordadas no pronunciamento, um dos pontos mais importantes da fala de Lula foi a respeito do relacionamento com o Congresso.
“Nós é que precisamos manter boa relação com o congresso nacional e cada um de vocês, ministros, tem que manter a mais harmônica relação”, apontou Lula. “Eu quero dizer que vou fazer a mais importante relação com o Congresso que já fiz”.
O titular do Planalto se dirigiu aos líderes Jacques Wagner, Randolfe Rodrigues e José Guimarães. “Vocês não se preocupem porque presidente vai estar disposto a fazer quantas conversas forem necessárias. Não tem veto ideológico para conversar nem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro. Não é o (Arthur) Lira que precisa de mim, é o governo que precisa de bom relacionamento. Assim vamos governar os quatro anos”, prometeu.
Além dos ministros, também participam os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a sua posse, realizou sua primeira reunião ministerial em 3 de janeiro de 2019.
