Lula anuncia Alckmin e as primeiras mulheres como ministras; confira lista
O presidente eleito disse que 13 ministérios seguem com os nomes indefinidos e que espera fechar a lista até o início da próxima semana
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22/12), 16 novos ministros que vão compor a Esplanada a partir de 2023. Entre eles, as primeiras seis mulheres que farão parte do alto escalão.
O anúncio ocorre após o futuro governo conseguir a aprovação da PEC da Transição no Congresso, que garantiu espaço extra no teto de gastos de R$ 145 bilhões no próximo ano.
O governo de Lula contará com 37 ministérios. Entre os novos nomes confirmados, está o do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Já o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) será ministro do Desenvolvimento Social. A pasta era almejada pela senadora Simone Tebet (MDB), que apoiou a chapa de Lula no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). A emedebista, porém, ainda deve participar do governo.
O presidente eleito disse ainda que 13 ministérios seguem com os nomes indefinidos e que espera fechar todos os nomes até o início da próxima semana.
Os nomes confirmados nesta quinta-feira são:
Relações Institucionais: Alexandre Padilha
Secretaria-Geral da Presidência da República: Márcio Macedo
Advogado-Geral da União: Jorge Messias
Saúde: Nísia Trindade
Educação: Camilo Santana
Gestão: Esther Dweck
Portos e Aeroporto: Márcio França
Ciência e Tecnologia: Luciana Santos
Mulher: Cida Gonçalves
Desenvolvimento Social: Wellington Dias
Cultura: Margareth Menezes
Trabalho: Luiz Marinho
Igualdade Racial: Anielle Franco
Direitos Humanos: Silvio Almeida
Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin
Controladoria-Geral da União: Vinicius Marques de Carvalho
Final da transição
Os grupos de transição do novo governo também mostraram, nesta quinta, o relatório final e os pontos de destaque. A apresentação conta com a presença de Alckmin, que coordenou o trabalho, e dos futuros ministros escolhidos por Lula.
No anúncio da síntese do resultado dos 32 GTs, Alckmin disse que o país “andou para trás” no governo Bolsonaro, e fez um relato dos principais desafios encontrados em cada área. “Na educação, a aprendizagem diminuiu, a evasão aumentou e houve quase um colapso das universidades e dos institutos federais”, frisou o vice-presidente eleito.
“Na segurança, essa distribuição absurda de armas nas mãos das pessoas levou a um recorde no feminicídio”, continuou. “No meio ambiente, tivemos aumento de 59% dos desmatamentos na Amazônia entre 2019 e 2022. Uma devastação das florestas por grileiros de terra, quando o grande desafio do mundo é combater as mudanças climáticas”, assinalou.
“Enfim, infelizmente vimos que houve desmonte do estado. Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, é ineficiência de gestão. Teremos, enfim, uma tarefa hercúlea pela frente”, completou Alckmin, que reafirmou, ao final, a vontade do novo governo de resolver os problemas apresentados.
Lula agradece a transição e o Congresso
“Estamos cumprindo a primeira e grande importante fase de um novo governo que tomará posse em 1º de janeiro de 2023”, discursou o presidente eleito. O evento foi realizado no CCBB, em Brasília.
Lula começou agradecendo aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara, Arthur Lira (PP), aos líderes dos partidos e aos parlamentares pela aprovação da PEC. “Eu acho que é a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse”, destacou. “Todo mundo sabia que essa PEC não era nossa, era para cobrir a irresponsabilidade do governo que vai sair”, criticou.
“Eu quero agradecer porque o que parecia impossível aconteceu, com uma votação expressiva. Muitos partidos que não são da base do governo apoiaram a PEC.”