Luiz Navarro é nomeado novo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União
Ele ocupará o cargo que estava com Carlos Higino, que estava no posto interinamente
atualizado
Compartilhar notícia
Depois da saída de Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça, mais uma mudança balança a Esplanada dos Ministérios. A presidente Dilma Rousseff decidiu nesta segunda-feira (29/2) nomear Luiz Navarro para o cargo de ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).
A informação foi antecipada por Natuza Nery e Gerson Camarotti. Navarro substituirá Carlos Higino, que estava interinamente na CGU.
Luiz Navarro, que já trabalhou na CGU, é reconhecido por trabalhos no combate a desvios de dinheiro público.
Em janeiro, o Metrópoles mostrou que a mulher de Carlos Higino estava subordinada a ele, na CGU. Médica radiologista, Manuela Sabóia Moura de Alencar é servidora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria de Saúde do DF, mas está cedida pelos dois órgãos para a CGU, onde é chefe do Departamento Médico. Uma função gratificada da médica foi assumida em 1º de março de 2014, mesma data em que Higino assumiu a secretaria-executiva da CGU.
À época, a CGU negou que o caso configurasse nepotismo. Em nota, a controladoria afirmou que Manuela “não ocupa cargo em comissão ou de confiança na CGU, possuindo apenas uma gratificação de representação para servidores que trabalham na Presidência da República”. Ainda segundo a nota, a médica “foi cedida para a CGU em agosto de 2006 e não tem subordinação direta ao gabinete do ministro, pois trabalha no serviço médico, que é subordinado à Coordenação Geral de Recursos Humanos, ligada à Secretaria Executiva”.
Apesar de negar que ela fosse subordinada a Higino, o organograma da CGU deixa claro que o ministro-chefe do órgão, cargo então ocupado por Higino, está acima de todos os outros servidores ou funcionários comissionados da pasta.
Auditor fiscal de carreira, Higino tornou-se figura emblemática na cena política de Brasília. À frente da Secretaria de Transparência, ganhou projeção ao propor, no GDF, o combate ao nepotismo. Por iniciativa dele, foram abertos 22 processos contra esse tipo de prática em julho de 2012.