Lorenzoni: “Quem roubar vai para cadeia e Bolsonaro joga chave fora”
Ao ser questionado sobre qual será a política de preços adotada pela Petrobras, futuro ministro falou sobre “roubalheira”
atualizado
Compartilhar notícia
Futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse nesta segunda-feira (29/10) que a equipe do presidente eleito quer saber “a verdade sobre a Petrobras no Brasil”. Ao ser questionado sobre qual será a política de preços adotada pela estatal, Lorenzoni afirmou que tem “curiosidade” em saber o que o presidente Michel Temer (MDB) sabe em relação à estatal e que, no governo Bolsonaro, “quem roubar vai para cadeia e ele (Bolsonaro) joga a chave fora”.
“A Petrobras passou de 7ª petrolífera no mundo para a 28ª graças á roubalheira e à utilização inadequada da empresa”, afirmou. “Hoje, o Brasil vive um drama em relação aos combustíveis, o cidadão brasileiro paga uma conta absurda por conta dos equívocos cometidos no passado”, acrescentou.
Lorenzoni também disse que a equipe “está dando o primeiro passinho hoje” e que é razoável pedir que todos tenham “um pouquinho de paciência” para que Bolsonaro possa conhecer a realidade do atual governo. “Com base nos conceitos que nós propagamos ao longo de toda campanha, podemos servir a todo o Brasil”, argumentou.
O deputado já admitiu, no ano passado, ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da JBS. Um executivo da Odebrecht também afirmou que, em 2017, Lorenzoni teria recebido R$ 175 mil via caixa 2 da empresa. Segundo Alexandrino Alencar, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, na planilha ‘Drousys’ – programa de controle dos desembolsos ilícitos do grupo –, o parlamentar era identificado pela alcunha “Inimigo”.
O inquérito que investigava o caso da Odebrecht e Onyx foi arquivado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Onyx Lorenzoni também foi o relator, na Câmara, do projeto do Ministério Público Federal das 10 Medidas contra a Corrupção.