Lira sobre voto impresso: “Não vejo problema em aumentar auditagem nas urnas”
Presidente da Câmara declarou que confia nas urnas eletrônicas, mas corrobora com discurso dos bolsonaristas
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (28/7), que confia na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, mas destacou que não vê problema em aumentar regras de auditagem. O discurso do parlamentar corrobora com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que estipula a obrigatoriedade do voto impresso.
“Eu confio na Justiça Eleitoral e no sistema de urna eletrônica que fui eleito oito vezes”, disse Lira, em entrevista à GloboNews. “Não vejo problema de aumentar a auditagem nas urnas. Mas não há dúvida de que o sistema é seguro”, declarou.
Com a iminência de derrota, o presidente do colegiado que analisa o voto impresso, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou a discussão no último dia 16 de julho. A manobra regimental dá mais tempo para o relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), alterar o texto e tentar reverter votos.
Contudo, as supostas ameaças do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, condicionando a realização das eleições de 2022 à aprovação do voto impresso, que é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro, acirrou ainda mais os ânimos na comissão.
O presidente da Câmara, novamente, desconversou sobre a ameaça e frisou que haverá eleições. “Não há possibilidade de ruptura institucional, nem de risco à democracia”, disse.