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Lira sobre “superpedido”: “Não há impeachment em cima de discursos”

O presidente da Câmara avaliou que não há materialidade nas acusações e nem disposição política para se abrir processo contra Bolsonaro

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Bolsonaro e Arthur Lira
1 de 1 Bolsonaro e Arthur Lira - Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), voltou a dizer que não pretende dar tramitação aos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apesar da união de parlamentares, que apresentaram compilado de todas as 123 propostas que repousam na gaveta de Lira.

“Não se tocou neste assunto aqui porque é como eu disse ontem: impeachment não se faz com depoimentos. Está aí a confusão. Um dá um depoimento de um jeito, outro dá um depoimento de outro. Um dia tem uma situação, no outro dia, a situação se reverte. Então, a CPI que está instalada vi ter o seu fluxo normal, ou se tiver número de assinaturas suficiente, será prorrogada. Enfim, vai seguir o seu curso”, disse.

Para Lira, não há materialidade nos crimes apontados contra Bolsonaro e nem disposição política que justifiquem a abertura de um processo de impedimento contra o presidente.

“Como eu disse, não há impeachment em cima de discursos. Há impeachment em cima de materialidade e disposição política, o que não se apresenta neste momento”, avaliou o presidente da Câmara, após se reunir com líderes dos partidos para a definição da pauta da próxima semana.

Na quarta-feira (30/7), figuras políticas como a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), a ex-aliada de Bolsonaro, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), compartilharam o mesmo palco na Câmara para protocolar o “superpedido”, elaborado pela Associação Brasileira de Juristas para a Democracia (ABJD).

O documento reúne mais de 100 denúncias já apresentadas na Casa contra o presidente. Tem 46 signatários e unifica argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara.

Para ganhar tramitação na Câmara, o pedido precisar ser encaminhado unicamente pelo presidente da Casa.

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Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)
Lira e Guedes
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL)
Presidente da Câmara, Arthur Lira, no plenário
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Jair Bolsonaro e Arthur Lira durante agenda em Alagoas

Alan Santos/PR
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Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

Agência Câmara
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Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

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Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL)

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Presidente da Câmara, Arthur Lira, no plenário

Pablo Valadares/Agência Câmara
Saiba quem assina o “superpedido” de impeachment:

Cristina de Faria Cordeiro, presidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD);
Gabriel Napoleão Velloso Filho, desembargador do Trabalho e integrante da Associação Juízes para a Democracia (AJD);
Claudia Maria Dadico, Associação Juízes para a Democracia (AJD);
Ana Paula Costa Barbosa, representante do Coletivo Defensoras e Defensores Públicos pela Democracia;
Sheila Santana de Carvalho, da Coalizão Negra por Direitos;
Douglas Belchior, da Coalizão Negra por Direitos;
Symmy Larrat Brito de Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT);
Vanessa Patriota da Fonseca, integrante do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD);
Mauri José Vieira da Cruz, integrante do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD);
Nalu de Faria da Silva, da Marcha Mundial das Mulheres;
Maria Anna Eugênia do Valle Pereira Stockler, representante da 342 Artes;
Raimundo Vieira Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares (CMP);
Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo Sem Medo;
Alex Sandro Gomes, presidente da Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil (Anatorg);
João Paulo Rodrigues Chaves, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST);
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST);
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB);
Edson Carneiro da Silva, presidente da Intersindical Central da Classe Trabalhadora;
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT);
Atnágoras Teixeira Lopes, da Central Sindical e Popular Conlutas;
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical;
José Gozze, presidente nacional da Pública Central do Servidor;
Edmilson Silva Costa, secretário-geral do PCB;
Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB;
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT;
José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU;
Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL;
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT;
Leonardo Pericles Vieira Roque, presidente nacional da Unidade Popular (UP);
Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB;
Rui Costa Pimenta, presidente da Executiva Nacional do PCO;
Heloísa Helena, presidente da Rede Sustentabilidade;
Wesley Elderson Diógenes Nogueira, da Rede Sustentabilidade;
Roberto Freire, presidente Nacional do Cidadania;
Joice Hasselmann, deputada federal (PSL-SP);
Kim Kataguiri, deputado federal (DEM-SP);
Alexandre Frota, deputado federal (PSDB-SP).

 

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