Lira sobre eleição remota na Câmara: “Qual a intenção por trás disso?”
Oficialmente, não há definição sobre o formato da eleição, que ocorre no dia 1° de fevereiro, mas possibilidade rendeu crítica do deputado
atualizado
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Em meio à campanha pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o formato da eleição para o biênio 2021-2022 virou arsenal. Sem definição se a votação será realizada presencial ou remotamente, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) começou uma campanha para que a votação, que é secreta, ocorra presencialmente.
A eleição da Mesa está prevista para ocorrer em 1° de fevereiro, e a Casa possui 513 deputados. Oficialmente, não há definição sobre o formato, mas, nos bastidores, há estudos sobre a possibilidade de realizar o pleito no formato remoto ou misto, como ocorre em alguns casos no Senado Federal.
“Nas eleições [municipais de 2020], 148 milhões de eleitores tiveram a obrigação de ir às urnas e votar em plena pandemia. Agora, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e seu candidato, Baleia Rossi, querem votar remotamente na eleição para presidência da Câmara. Qual a verdadeira intenção por trás disso?”, questionou Lira, nas redes sociais, nesta quarta-feira (6/1).
Nas eleições,148 milhões de eleitores tiveram a obrigação de ir às urnas e votar em plena pandemia. Agora,o presidente da Câmara @rodrigomaia e seu candidato @baleiarossi querem votar remotamente na eleição p/presidência da Câmara. Qual a verdadeira intenção por trás disso?
— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 6, 2021
Nos bastidores, aliados de Lira avaliam que o formato presencial seria mais vantajoso ao líder do centrão pela possibilidade do corpo a corpo na reta final. Para ser eleito, o candidato necessita obter 257 votos. Contudo, a votação é secreta – o que dá margem a “traições”.
Em julho de 2020, a Casa elegeu de forma remota os deputados Expedito Netto (PSD-RO) e Paulão (PT-AL) para os cargos de terceiro-secretário e quarto suplente, respectivamente. Eles substituíram Fábio Faria (PSD-RN), que assumiu o Ministério das Comunicações, e Assis Carvalho (PT-PI), que morreu após sofrer um infarto.