Lira minimiza necessidade de ato pela democracia: “Acontece todo dia”
O presidente da Câmara disse que o trabalho da instituição “produzem efeitos concretos e transformadores no país”
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou suas redes sociais para minimizar a necessidade dos atos realizados nesta quinta-feira (11/8) em todo país, nos quais um manifesto em favor da democracia foi lido.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é ao mesmo tempo crítico e alvo do movimento, Lira argumentou que atos em defesa da democracia “acontecem todos os dias no Legislativo” e que a instituição que comanda é o “coração e a síntese da democracia”.
“No Legislativo, todos os dias são atos pela democracia, atos que produzem efeitos concretos e transformadores na vida do país e dos brasileiros. Democracia, uma conquista de todos!
“É a sua representação maior, pela sua diversidade e convivência harmônica e permanente dos divergentes”, disse o presidente da Câmara.
Veja:
A Câmara dos Deputados é o coração e a síntese da democracia. É a sua representação maior, pela sua diversidade e convivência harmônica e permanente dos divergentes.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) August 11, 2022
A carta pela democracia não menciona o nome do presidente Bolsonaro, mas faz críticas diretas à conduta do chefe de Estado brasileiro, com referências, por exemplo, às críticas feitas por ele ao processo eleitoral do país.
“Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”, diz a carta da USP, lida em conjunto por integrantes da universidade.
A principal manifestação ocorreu na Faculdade de Direito da Univesidade de São Paulo (USP) e foi replicada por instituições de protestos em todo país e no exterior.
Em São Paulo, o ato mobilizou uma multidão no centro da cidade terminou em coro contra o presidente.
Em Brasília, manifestantes também gritaram “fora, Bolsonaro” na manifestação que se concentrou ao longo do Eixo Monumental, com início às 15h. O ponto de partida foi o Museu Nacional da República. De lá, os manifestantes caminharam até a Praça das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, onde o ato se encerrou.