Lira marca definição sobre voto impresso no plenário para próxima terça
Lideranças apostam em derrota acachapante do governo e querem enterrar de vez o assunto
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê para a próxima terça-feira (10/8), a votação da proposta de adoção do voto impresso. Com isso, Lira atende aos apelos tanto da oposição quanto do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que almejam retirar o assunto da pauta da Casa o mais rápido possível, para que os deputados possam se preocupar com matérias consideradas mais importantes.
O assunto será tratado em um almoço com lideres partidários marcado para esta segunda-feira (9/8). A maioria dos líderes é a favor de que a proposta possa ter uma definição, o mais rápido possível.
Ainda na sexta-feira (6/7), logo após o anúncio feito por Lira de que levaria a proposta ao plenário, apesar de o parecer favorável ter sido derrotado na comissão especial, Ramos fez um apelo público ao presidente da Casa, pedindo pressa para que a votação aconteça.
Ramos acredita que a proposta será derrotada pelos deputados e argumentou ser necessário que esse tema seja retirado do centro das discussões do Legislativo o mais rapidamente possível para que o país volte a debater assuntos relevantes.
O deputado prevê uma derrota acachapante para o governo nesse item.
Semana que vem a tal PEC do voto impresso será derrubada de forma acachapante e vamos virar a página pra discutir temas que mudem a vida dos brasileiros garantindo vacina no braço, emprego e comida no prato.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) August 8, 2021
Líderes de vários partidos já vêm fechando posição contrária à matéria que tem motivado, inclusive, ataques de Bolsonaro a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, ao ministro Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral e é um dos defensores do atual sistema eletrônico de votação.
Para ser aprovada, a PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), terá que obter o apoio de três quintos dos parlamentares, ou seja, no mínimo 308 deputados, em dois turnos de votação. Depois disso, precisará ser apreciada pelo Senado e conseguir, no mínimo, 49 votos, também em dois turnos de votação.