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Lira ligará para Bolsonaro para “fazer apelo” sobre reforma tributária

Lira disse, nesta 5ª feira (6/7), que deve conversar com Bolsonaro a fim de pedir que PL libere os parlamentares para votação da reforma

atualizado

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Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados
1 de 1 Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai ligar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (6/7), com objetivo de “fazer um apelo” para que o PL libere os parlamentares para decidir sobre a votação no texto da reforma tributária, em discussão no plenário da Casa.

Ao longo da semana, Lira tem afirmado que a matéria é essencial para o avanço econômico do país, e reforça a retórica pedindo o fim da politização do tema. “Ninguém quer que ninguém mude de opinião, mas queremos fazer um apelo para que, no mínimo, o PL não feche questão”, declarou Lira, em entrevista à BandNews.

“Que dê oportunidade aos parlamentares desse partido — que é um partido importante, com 99 parlamentares —, para que eles possam expressar-se de acordo com o que pensam do texto, e não com a posição polític0-partidária de debates entre opostos”, emendou.

A bancada de deputados do partido se reúne nesta manhã, em Brasília, com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, com o ex-presidente Bolsonaro e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No encontro, os parlamentares podem reavaliar posição contrária à reforma tributária.

Segundo Lira, o país precisa de “pacificação”, o que não significa apagar as diferenças ideológicas. “Os posicionamentos políticos são necessários, é democrático. Mas a gente [deve] diminuir essa temperatura, principalmente, em um momento importante como esse”.

O deputado federal frisou ainda que “sempre teve um relacionamento muito respeitoso com o ex-presidente”, no entanto, disse não saber se ainda há tempo hábil para a ligação, que deveria ter sido feita pela manhã. Mas pontuou que há outros interlocutores também tratando do assunto.

Discussão em plenário

Nesta quinta (6), a Câmara dos Deputados inicia mais um dia sem consenso sobre a votação da reforma tributária. Apesar do desejo do presidente da Casa, de votar o texto até sexta-feira (7), ainda não há acordo para garantir um placar confortável.

A votação depende da análise do projeto de lei (PL) que retoma o voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf). O texto tramita em regime de urgência e, por isso, tranca a pauta da Câmara, impedindo que outras matérias sejam apreciadas antes de sua análise.

Ao longo da semana, Lira tem afirmado que a reforma é essencial para o avanço econômico do país. “Não vamos transformar a reforma tributária numa batalha política-partidária nem aproveitá-la para ganhar notoriedade momentânea. O Brasil é maior que todos nós!”, escreveu o deputado nas redes sociais.

O próprio relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), disse esta semana que não é interessante tocar este caso como uma simples disputa entre Lula e Bolsonaro. Não há interesse de parte da Casa em tal polarização em relação ao texto.

Se aprovada, a reforma tributária será um dos marcos da gestão de Lira na presidência da Câmara. Isso porque a discussão sobre o tema corre no Congresso Nacional há quase 20 anos, mas as Casas Legislativas ainda não chegaram a um entendimento sobre o assunto.

Reforma tributária

Enviada pelo governo federal em formato de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa de votos favoráveis de 3/5 dos deputados, ou seja, 308 votos. A análise ocorre em dois turnos de votação.

O maior bloco da Câmara dos Deputados é formado pelo PP, sigla de Lira, e pelas seguintes legendas: União, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota. Juntos, os partidos têm 174 deputados. No grupo, as siglas que apresentam maior resistência à reforma são o União e PSDB.

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