Lira intensifica pressão na Petrobras: “Dólar e barril estão caindo”
O presidente da Câmara criticou o aumento dos derivados com base na valorização da commoditie e a recusa em não baixar quando os preços caem
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apoiador da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais para intensificar a pressão para que a Petrobras baixe o preço do combustível com base na redução do valor do dólar perante o real, e com a variação do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Lira criticou o fato de a empresa subir o preço dos derivados com base na valorização da commoditie e não baixar quando os preços caem no exterior.
O barril sobe e a Petrobras aumenta. O barril baixa e a Petrobras não reduz o preço? É importante que a estatal recue o preço do aumento que deu porque o dólar está caindo e o barril está caindo, dois componentes que fazem parte da política de preços os combustíveis.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) March 17, 2022
As críticas de Lira endossam as de Bolsonaro e são feitas em um cenário de rumores sobre a possibilidade de troca no comando da estatal.
O presidente não tem poupado críticas públicas à gestão da empresa que, para ele, “não colabora com nada” e que, por ele, “poderia ser privatizada hoje”.
Variação
No último dia 11 de março, a Petrobras aumentou o preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras e, em algumas regiões do Brasil, os postos estão cobrando R$ 8 pelo litro de gasolina.
Nessa quarta-feira (16/3), o dólar fechou em queda de 1,28%, cotado a R$ 5,0925. Na parcial do mês, a divisa acumula queda de 1,24%. No ano, tem queda de 8,65% frente ao real.
Desde o início da semana, em meio às negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânica, o preço do barril de petróleo tipo brent chegou a cair 8,79%, atingindo a mínima de US$ 97,50, o menor patamar desde 23 de fevereiro de 2022. O preço chegou a ser negociado a US$ 139,13 em 7 de março deste ano, um recorde em 14 anos.