Lira diz que repreendeu Bia Kicis por mensagem com incitação de motim
Presidente da Câmara disse na reunião de líderes que falou à deputada que aquela mansagem não condizia com a liturgia de presidente da CCJ
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (30/3), em reunião do colégio de líderes, que chamou a atenção da presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bia Kicis (PSL-DF), por causa da mensagem dela nas redes sociais incentivando motim da Polícia Militar contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Segundo dois líderes, ao ser provocado por deputados da oposição Lira afirmou na reunião que quando soube da publicação de Bia Kicis teria ligado para ela e dito que aquilo não condiz com a liturgia de presidente da CCJ. Ficou no ar, todavia, se ela teria apagado a mensagem antes ou depois da reprimenda.
A bolsonarista comentou sobre a morte do soldado da Polícia Militar da Bahia, Wesley Góes, no domingo (28/3), após ele ter disparado tiros para o alto e contra a corporação. A publicação, todavia, repercutiu mal dentro da Câmara. Ela foi alvo de muitas críticas e pedido de saída da presidência da CCJ.
Aliada de Lira, a deputada Margarete Coelho (PP-PI) ressaltou que a publicação de Bia Kicis não condiz com a liturgia do cargo que ela ocupa. “Lamento o pedido que abra mão de certas posturas pessoais que são típicas do mandato da vossa excelência em favor da cadeira tão importante que vossa excelência ocupa”, disse ela.
Apesar das críticas, Bia Kicis não pediu desculpas ou fez qualquer manifestação durante a sessão da comissão.
O PSol protocolou, nesta terça, representação contra a bolsonarista no Conselho de Ética e pediu o afastamento dela da presidência da CCJ. A oposição também avalia a possibilidade de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a parlamentar.