Lira convoca Mesa Diretora e líderes para discutir prisão de Silveira
Deputado foi preso em flagrante nessa terça-feira (16/2) após ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a reunião da Mesa Diretora da Casa às 13h desta quarta-feira (17/2) para tratar da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Lira anunciou que, em seguida, o colégio de líderes, composto pelas lideranças de todos os partidos com representação na Câmara, também vai se reunir. As sessões serão remotas.
O presidente da Casa não indicou, porém, quando haverá sessão do Plenário, a quem cabe votar a prisão do deputado do PSL.
“Vamos, em conjunto, avaliar e discutir a prisão do deputado Daniel Silveira”, escreveu Lira no Twitter.
Convoquei reunião extraordinária da Mesa para as 13h e na sequência, Colégio de Líderes. Vamos, em conjunto, avaliar e discutir a prisão do deputado Daniel Silveira.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) February 17, 2021
Mais cedo, o vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a sessão poderia ocorrer ainda hoje.
A Constituição Federal determina que congressistas só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável. Cabe ao plenário decidir, em 24 horas, a manutenção ou suspensão da prisão do deputado.
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF), no fim da noite desta terça-feira (16/2), em sua residência, em Petrópolis, Rio de Janeiro. O parlamentar foi conduzido à superintendência da Polícia Federal no Rio.
A ação ocorreu após Daniel Silveira postar vídeo nas redes sociais atacando todos os ministros do STF, com especial destaque a Edson Fachin, que subiu o tom contra declaração de 2018 feita pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.
No vídeo, Silveira afirma que os 11 ministros do Supremo “não servem pra porra nenhuma pra esse país”, “não têm caráter, nem escrúpulo nem moral” e deveriam ser destituídos para a nomeação de “11 novos ministros”.