Lira: autonomia do BC é “marca mundial” e Câmara “não retroagirá”
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) respondeu aos recentes ataques do presidente Lula (PT) sobre a atuação do Banco Central (BC)
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu, nesta quinta-feira (9/2), que o “Banco Central independente é uma marca mundial” e que o “assunto não retroagirá” no Parlamento. A declaração é uma resposta aos recentes ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à gestão de Roberto Campos Neto na autoridade monetária.
“Eu tenho a escuta, a tendência do que a maioria do plenário pensa em relação à independência do Banco Central, que nesse assunto não retroagirá… O Banco Central independente foi o modelo escolhido pelo Congresso Nacional”, enfatizou o deputado, que participou de uma feira agropecuária em Cascavel (PR).
Conforme noticiado pelo Metrópoles, não há disposição do Congresso Nacional em rever o modelo de autonomia e atuação do Banco Central. A indisposição em lidar com o tema encontra eco entre lideranças parlamentares e congressistas ouvidos pela reportagem.
Sancionada em 2021 pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL), a autonomia do BC foi avalizada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pela maioria dos deputados e senadores. A pauta era, na ocasião, uma das prioridades da agenda liberal-econômica do então ministro da Economia, Paulo Guedes.
Projetos de lei que buscavam regulamentar a independência da autoridade monetária tramitavam pelo Congresso Nacional desde a década de 1990.
A mudança de panorama ocorreu após o presidente da Câmara, Arthur Lira, entrar no circuito e trabalhar nos bastidores pela aprovação da matéria. Em seu discurso de reeleição, inclusive, o deputado destacou a aprovação do texto como um dos feitos de seu primeiro biênio frente à Casa.