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Lindbergh Farias nega que tenha falado em “pacto com diabo” por Haddad

Deputado petista Lindbergh afirmou, há pouco mais de um mês, que o novo arcabouço de Haddad lembra tentativa de pacto com o diabo

atualizado

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Deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição fala com a imprensa do lado de fora do CCBB - Metrópoles
1 de 1 Deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição fala com a imprensa do lado de fora do CCBB - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) aproveitou a presença de Fernando Haddad em audiência na Câmara dos Deputados, para negar que tenha falado que o ministro da Fazenda teria feito um “pacto com o diabo”.

No início de abril, logo após a apresentação da nova regra fiscal, Lindbergh disse à Folha de S.Paulo que o projeto do novo arcabouço fiscal de Haddad lembrava uma tentativa de pacto com o diabo. Na entrevista, o deputado petista fez referência ao pacto demoníaco descrito na obra-prima de Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”.

“Em nenhum momento falei que o ministro estava fazendo pacto com o diabo”, disse Lindbergh na audiência, afirmando que fazia referência à reação do mercado. Ele criticou o fato de os juros futuros não terem se mexido após a apresentação do texto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lindbergh tem sido uma das vozes do PT contrárias ao novo arcabouço. Enquanto Haddad tem dito que o relatório do deputado Claudio Cajado (PP-BA) é resultado de um acordo, Lindbergh tem atacado pontos do parecer.

Na visão do parlamentar petista, os “gatilhos” introduzidos pelo relator prendem o governo, Além disso, ele defende mais espaço para investimentos sociais.

Alas do PT querem apresentar destaques, propostas de mudanças em pontos do texto, o que pode postergar a aprovação da matéria.

Segundo a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, integrantes da ala rebelde do PT preveem que 10 dos 68 deputados federais petistas votarão contra o projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara.

Ala rebelde do PT prevê que 10 petistas votarão contra arcabouço

Presidente do PT nega divergências

Na mesma audiência, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido é democrático e preza pelo debate. “E o PT nunca faltará ao governo”, prosseguiu ela.

Em seguida, acusada pelo deputado Felipe Francischini (União-PR) de fazer oposição a Haddad, Gleisi pediu novo aparte:

“Ministro Haddad, eu acho que aqui estão querendo nos intrigar, mas não vão conseguir, mal sabem eles da caminhada história que nós temos, da lealdade que nos une e das lutas que já enfrantamos. Seria bom o deputado Francischini dizer onde eu fiz oposição, porque externar opiniões e fazer o debate é uma característica do nosso partido. (…) Saiba que estamos juntos, ministro, nessa caminhada”.

Audiência na Câmara

Haddad participou, por quatro horas e meia, de audiência conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Ele foi convidado para comparecer para tratar da política econômica do governo Lula.

Houve apenas um momento de confusão na sessão, quando Haddad, ao responder um comentário do deputado Evair de Melo (PP-ES), aliado de Bolsonaro, disse que o ex-presidente “talvez seja a pessoa mais limitada” que ele já viu na vida.

Veja como foi:

A ida do ministro foi sugerida pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Paulo Guedes (PT-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Kim Kataguiri (União-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

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