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Líder petista nega acordo para blindar Cunha e diz que ‘essa conta’ é do PSDB

Para Sibá Machado, a posição do PSDB é dúbia, uma vez que os oposicionistas sempre se beneficiaram da aliança informal com o peemedebista

atualizado

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Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
Sibá Machado PT
1 de 1 Sibá Machado PT - Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), negou que haja orientação do governo para blindar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que a oposição não vai colocar essa responsabilidade sobre os petistas. “Essa conta é dos tucanos. Eles é que têm que pagar. Não venham colocar problemas sob nossa responsabilidade. Não estamos aqui para alimentar firula política, como é o caso do impeachment”, rebateu Sibá.

Segundo o líder, a preocupação da bancada é garantir a aprovação das matérias de interesse do governo, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, a revisão da meta fiscal de 2015 e concluir a votação do projeto de repatriação de recursos não declarados no exterior no Congresso.

Para o petista, a posição do PSDB é dúbia, uma vez que os oposicionistas sempre se beneficiaram da aliança informal com o peemedebista. Apesar de reiterar que não há orientação do governo sobre a atuação dos três petistas no Conselho de Ética, que julga processo disciplinar contra Cunha, Sibá admitiu que haverá uma reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e que este assunto pode vir à pauta. O líder, no entanto, destacou que reuniões desse tipo acontecem todas as segundas-feiras, no final do dia. O deputado petista afirmou que não foi informado ainda sobre nenhuma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Sem sala
Apesar de ter reservado há quinze dias uma sala para a reunião do Conselho de Ética, o colegiado ainda não tem local para a realização da sessão marcada para as 14h30 desta terça-feira (24). O encontro será destinado à leitura do parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) pela admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra Eduardo Cunha. Os funcionários do Conselho esperam que até o final do dia haja algum cancelamento para que a sessão aconteça amanhã.

O grupo enfrentou o mesmo problema na quinta-feira (19), quando foi feita a leitura do relatório prévio de Pinato. A sessão acabou sendo realizada porque a CPI dos Maus Tratos aos Animais cancelou a reunião em favor do Conselho de Ética.

A prioridade de utilização dos quatorze plenários é das comissões permanentes, e como o colegiado só funciona quando há instauração de processos disciplinares contra deputados, o Conselho de Ética fica em segundo plano no uso dos espaços da Câmara.

Como não houve leitura e discussão do parecer de Pinato após uma manobra dos aliados de Cunha, a sessão foi transferida para esta terça-feira e a expectativa é que a votação efetiva do relatório aconteça apenas no dia 1º de dezembro.

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