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Líder do PT sugere que novo teto seja apresentado na PEC da Transição

Reginaldo Lopes destaca que tema deverá ser discutido no gabinete de transição por lideranças. PEC estoura teto em R$ 200 bilhões

atualizado

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Reginaldo Lopes relator reforma tributária
1 de 1 Reginaldo Lopes relator reforma tributária - Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Após a reunião da manhã desta terça-feira (22/11), o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG) (foto em destaque), sugeriu que, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, já tenha sinalização sobre nova regra fiscal a ser adotada no país. “Podemos sinalizar na PEC algo sobre uma nova âncora fiscal para o país. O governo vai discutir isso”, adiantou.

“A Emenda Constitucional (EC) nº 95/2016 propõe uma avaliação sobre o teto de gastos. O PT sempre foi contra esse instrumento devido à falta de universalização dos serviços básicos no país”, declarou Lopes. “Jair Bolsonaro quebrou o teto cinco vezes durante seu governo e abriu um rombo de quase R$ 800 bilhões e os 10 anos de precatórios que ele deu calote”, declarou Reginaldo Lopes.

Parlamentares do bloco sinalizaram que a PEC será apensada em outro texto semelhante para dar celeridade no rito desse tipo de matéria — o rito de uma PEC é longo nas Casas, pois passam por comissão especial e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), são votadas em dois turnos e devem ser aprovadas por maioria complexa.

A PEC da Transição apresentada pelo PT pretende estourar o teto de gastos em R$ 200 bilhões para financiar o Bolsa Família pelo período de quatro anos. Interlocutores afirmam que prazo da PEC é tema de divergência entre Centrão e o partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós queremos estabilidade fiscal para o país e social. Não queremos que o descontrole da inflação venha corroer o poder de compra da população tanto pelo aumento do salário mínimo quanto pelo aumento da transferência de renda”, afirmou o líder do PT.

Questionado sobre quem será o relator na Câmara, o vice-líder do PT Zé Guimarães (CE) disse que a decisão cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Será alguém que o presidente indique, mas que seja afinado com o conteúdo da PEC)”, declarou.

O vice-líder ainda disse que o partido espera uma posição mais assertiva dos partidos de centro no Senado. “Tendo uma posição mais clara destes partidos, ajuda bastante no fechamento do texto”, explicou. “É fundamental pacificar o Senado”, completou.

“Precisamos também de disposição para dialogar sobre o nosso futuro na Câmara. Com os blocos, vamos nos reunir com a federação. Demos passos largos para construir a governabilidade”, finalizou Guimarães.

Lideranças de centro ouvidas pelo Metrópoles em caráter reservado declararam que a PEC da Transição passa com tranquilidade na Casa. “O teto já foi”, destacou.

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