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Líder do PSL nega elo entre Estado de Mobilização e troca de militares

Em nota, Vitor Hugo disse que proposta foi pautada antes das mudanças feitas pelo Executivo no comando das forças

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fotografia colorida de deputado sorrindo para foto
1 de 1 Fotografia colorida de deputado sorrindo para foto - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O deputado federal e líder do PSL, Vitor Hugo (GO), negou que seu projeto de lei para dar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poder de acionar o dispositivo de Mobilização Nacional durante a pandemia de Covid-19 tenha relação com as recentes mudanças promovidas pelo governo federal no comando do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.

Em nota enviada à imprensa, o parlamentar afirmou que a proposta foi apresentada em 25 de março e o requerimento de urgência para apreciação da matéria foi entregue nessa segunda-feira (29/3), antes da reforma ministerial.

Segundo o deputado, o “projeto já estava sendo elaborado há um tempo”. “E não tem nenhum tipo de relação com as últimas mudanças feitas em cargo do Poder Executivo. O requerimento foi apresentado apenas por ser a véspera da reunião do Colégio de Líderes, em que a proposição poderia ser colocada em pauta”, explicou.

Vitor Hugo afirma que o projeto estende a previsão de mobilização nacional, já existente na Lei 11.361, de 27 de dezembro de 2007, “para casos de situação de emergência de saúde publica de importância internacional, como a atual situação causada pela Covid-19, e de catástrofe natural de grandes proporções”.

“O texto da lei aprovada em 2007, que prevê mobilização nacional em caso de guerra, foi sugerido em um projeto de autoria do Poder Executivo, enviado ao Congresso Nacional quatro anos antes de sua aprovação, em 2003. Toda a apreciação aconteceu enquanto Lula era presidente”, justificou.

O deputado disse, ainda, que seu projeto “é fundamental para reforço da logística nacional e assegura que nenhum direito ou garantia individual é afastado em caso de acionamento da Mobilização Nacional”.

“Destaca, também, que o presidente poderia iniciar o processo, mas nada seria feito sem o aval do Congresso, que, em dado sua autorização definiria também os termos e os limites da medida”, enfatiza.

Reação

A proposta gerou reação de parlamentares. O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou o gesto como autoritário, comparando com o atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e com o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales.

Veja:

O deputado Paulo Teixeira classificou a proposta como tentativa de golpe de Estado.

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) relacionou a situação com a renúncia coletiva dos três comandantes das Forças Armadas após a demissão do ministro da Defesa.

“Tudo isso às vésperas do aniversário do golpe de 64, que Bolsonaro pediu e obteve autorização na Justiça para comemorar com recursos públicos. Espero estar maluco, mas as coincidências são muitas para ser apenas obra do acaso”, disse o parlamentar.

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Manifestação da UNE por Vacina para todos e ontra o presidente Bolsonaro. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ato contra Bolsonaro - Foto: Mariana Costa/ Metrópoles
Ernesto Araújo e Bolsonaro durante cerimônia militar
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