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Líder do governo: Planalto “não receia em nada” denúncia de propina

Fernando Bezerra pediu questão de ordem para defender o governo do presidente Bolsonaro sobre denúncia de corrupção no Ministério da Saúde

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
Fernando Bezerra
1 de 1 Fernando Bezerra - Foto: Pedro França/Agência Senado

O líder do governo federal no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou à CPI da Covid, nesta quarta-feira (30/6), que o Planalto “não receia absolutamente” sobre a denúncia de cobrança de propina por servidor do Ministério da Saúde no processo de aquisição de compra de vacinas.

O senador pediu questão de ordem para defender o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bezerra afirmou que o “governo não coaduna com qualquer tipo de irregularidade” e comentou que a exoneração do servidor envolvido na acusação, Roberto Ferreira Dias, ocorreu para “facilitar as investigações”.

“Exonerou para facilitar toda a operação que está sendo feita pela CGU. Não pode haver dúvida. Não tenha dúvida, estamos a favor de qualquer tipo de apuração, o governo não receia absolutamente nada. Mas somos contra a politização da apuração”, prosseguiu.

O que diz o Executivo?

Mais cedo, vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que prefere não comentar a denúncia de propina envolvendo o governo. Para o general, é atribuição da Controladoria-Geral da União (CGU) acompanhar a questão.

Segundo matéria veiculada pela Folha de S. Paulo, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, é suspeito de cobrar propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato.

“É um relato, né? Vocês sabem que esses assuntos não chegam pra mim, eu só tomo conhecimento pela imprensa. Não tenho como avaliar. Pode ter havido o fato…”, disse o vice-presidente.

Para Mourão, a CGU toma conta da questão. “A realidade é a seguinte: a CGU tem que acompanhar essa questão de contratos. Então, acredito que ela fique de olho. Não em contrato de R$ 50 ou R$ 60 milhões, mas contratos grandes, ela tem que estar em cima”, justificou.

Propina

O representante no Brasil da empresa de vacinas Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A informação foi revelada à repórter Constança Rezende, do jornal Folha de S. Paulo.

A proposta teria partido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. Nesta quarta-feira (30/6), segundo o Diário Oficial, Dias foi exonerado do cargo.

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