Líder do governo na Câmara diz que Constituição tornou o país “ingovernável”
Deputado Ricardo Barros (PP-PR) defendeu a realização de um plebiscito, como fez o Chile nesse domingo, para reformar a Carta Magna
atualizado
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O líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta segunda-feira (26/10) que a Constituição Federal de 1988 tornou o país ingovernável e defendeu a realização de um plebiscito no Brasil para reformar a Carta Magna, como fez o Chile nesse domingo (25/10).
“A nossa Constituição é a Constituição cidadã. O presidente [José] Sarney já dizia quando a sancionou que [a CF] tornaria o país ingovernável, e o dia chegou. Temos um sistema ingovernável”, declarou Barros em live chamada Um dia pela democracia, promovida pela ABDConsult.
“Não temos nenhuma capacidade de aumentar a carga tributária e não damos conta de entregar todos os direitos que a Constituição decidiu em prol dos cidadãos. Eu defendo nova Assembleia Geral Constituinte, como fez o Chile”, acrescentou.
O deputado destacou que a Carta Magna precisa ter mais deveres, pois “só tem direitos”, e disse que a Constituição de 1988 criou um Estado que gasta mais do que arrecada. Ele também frisou que é necessário equilibrar os poderes. “O poder fiscalizador ficou muito maior do que os demais.”
Barros defendeu também o regime parlamentarista. “É um regime de governo mais efetivo. Permite nos ajustarmos mais rápido às crises e retomarmos o rumo. Vamos lutar por isso [pelo parlamentarismo]”, disse.
O parlamentar criticou também o “ativismo político do Judiciário” que “está intenso”. “Não se pode combater crimes cometendo crimes, como vimos nos últimos anos. Todos têm de responder pelo o que fazem. Ninguém pode atingir terceiros em sua honra, em sua reputação e sair ileso”, disse.