Líder de Bolsonaro pediu investigação de Boulos à PF: “Desnudar o fariseu”
Deputado federal José Medeiros entrou com o pedido em abril deste ano contra o atual candidato à prefeito de São Paulo
atualizado
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O deputado federal José Medeiros (Podemos-MT), vice-líder do governo na Câmara, diz ter sido o autor do pedido para que a Polícia Federal (PF) investigue o ex-presidenciável e atual candidato a prefeito de São Paulo (SP) Guilherme Boulos (PSol).
A PF procurou, na sexta-feira (25/9), os advogados de Boulos para intimá-lo a prestar esclarecimentos sobre postagem em que dizia ter deixado o seguinte lembrete ao presidente Jair Bolsonaro: “A dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”.
Nessa segunda-feira (29/9), Boulos acusou Bolsonaro de estar usando a PF para “nos intimidar e eleger [o deputado federal Celso] Russomanno” (Republicanos), líder nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura da capital paulista.
José Medeiros, porém, disse ter entrado com o pedido de investigação contra Boulos em abril deste ano. A solicitação foi enviada ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, ao ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, e ao PGR, Augusto Aras.
“Mandei o pedido para todos eles, só não mandei para o Vaticano porque o papa [Francisco] é aliado dele [Guilherme Boulos]”, disse o deputado federal, em conversa com o Metrópoles, ao avaliar que o candidato destila ódio o tempo inteiro.
“Ao mesmo tempo em que diz que combate o discurso de ódio, ele destila ódio o tempo inteiro. Algumas postagens dele extrapolam o normal. Boulos tem que parar de tentar ser o machão com o teclado na mão”, disparou o parlamentar mato-grossense.
Além de Boulos, José Medeiros apresentou um pedido de investigação contra os deputados federais Túlio Gadelha, Sâmia Bomfim e Glauber Braga, além do jornalista Ricardo Noblat e do digital influencer Felipe Neto. A PF, no entanto, não os intimou.
“Essas pessoas não são esses santos que se mostram nas entrevistas. Eles vivem uma ética, mas propagam uma outra. Tomei, por missão, desnudar esses fariseus. As pessoas não podem jogar pedras nas outras e gritarem ‘ai!'”, prosseguiu.