Líder da bancada da bala quer ser vice da Câmara no lugar de Ramos
Capitão Augusto (PL-SP) é vice-presidente do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e vice-líder da legenda na Casa
atualizado
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O líder e coordenador da chamada bancada da bala, deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), apresentou, nesta terça-feira (24/5), a candidatura para concorrer ao cargo de primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, na cadeira antes ocupada por Marcelo Ramos (PSD-AM).
Presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Capitão Augusto atua como vice-líder do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Casa. Além disso, é o vice-presidente nacional da legenda comandada por Valdemar Costa Neto.
A votação ocorrerá nesta quinta-feira (25/5). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou, inclusive, a instalação de cabines de votação para o pleito.
Veja imagens:
Opositor de Bolsonaro, Ramos foi destituído do cargo de vice nessa segunda-feira (23/5). Além do cargo de vice-presidente, também serão escolhidos novos nomes para ocuparem outros dois cargos da Mesa Diretora: a 2ª Secretaria, ocupada pela deputada Marília Arraes (Solidariedade-PE); e a 3ª Secretaria, comandada pela deputada Rose Modesto (União-MS).
Marília Arraes e Rose Modesto também foram destituídas dos cargos por meio de decisão assinada pelo presidente da Casa. Lira aponta como motivação para as destituições, a mudança de partidos de Ramos, Marília e Rose Modesto.
A eleição ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revogar liminar pedida por Ramos para ficar no cargo.
Ramos se baseava em decisão anterior, adotada no caso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), em 2016, de que mudanças para um partido do mesmo bloco parlamentar não levariam à perda do cargo.
Ordem na live
Ramos deixou o PL, seu antigo partido, depois que Bolsonaro entrou para a legenda com o objetivo de se candidatar à reeleição. Na época, o parlamentar chegou a fazer um acordo com o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, para que o partido não reclamasse a vaga. Esse acordo, diante da destituição, acabou não sendo cumprido.
A destituição de Ramos foi publicada em uma edição extra do diário da Câmara nesta segunda.
Em conversa por telefone com o Metrópoles, Ramos confirmou sua saída do cargo e disse que não pretende recorrer à Justiça. “Não vou ficar brigando por isso”, disse o deputado, que pretende disputar, pelo PSD, a renovação de seu mandato.
O parlamentar ainda usou suas redes sociais para confirmar sua saída e culpar Bolsonaro dizendo que a ordem para tirá-lo do cargo foi dada pelo presidente em uma das lives semanais.
Confira:
Pressão do PL, não. Pressão do Presidente da República que deu uma ordem ao Presidente da Câmara por uma live.https://t.co/rMtMorIhWZ
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) May 23, 2022
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