Liberação de cultos e missas tem que ser discutida a fundo, diz Mourão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques decidiu, monocraticamente, no sábado (3/4), a favor dos fiéis
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta segunda-feira (5/4) que a liberação da realização de eventos religiosos nas igrejas de todo país é polêmica e deve ser discutida a fundo.
Atendendo a pedidos da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques decidiu, monocraticamente, no sábado (3/4), a favor dos fiéis.
“Vamos aguardar o que o Pleno vai dizer. Tudo neste momento gera polêmica. Tem gente que quer participar de culto, tem gente que não quer, tem a própria questão do espaço do templo, vai gerar algum tipo de aglomeração. É uma questão que tem de ser discutida mais a fundo”, disse o general.
“Tudo depende das pessoas e do templo. Se você tem uma igreja que tem um espaço bom, você limita 20, 30 pessoas separadas, duas por banco, com máscara obviamente. Acho que há condições, agora quando é muito apertado e com muita gente lá dentro, não é conveniente”, ponderou Mourão.
Apesar da afirmação favorável à realização de eventos religiosos, o vice-presidente já disse em várias ocasiões que o brasileiro “não gosta de respeitar regras”, que “é mais libertário” e que “imposições de disciplina em cima do nosso povo não funcionam muito”. Todas as afirmações foram feitas pelo militar em alusão à adoção do lockdown como combate à Covid-19.
Mourão argumenta que as pessoas frequentadoras de eventos religiosos são “até disciplinadas” e, por isso, o risco de contágio é menor.
“As pessoas que frequentam culto e templos são pessoas mais até disciplinadas assim, é diferente de baladas e dessas festas clandestinas que acontecem. Não vou colocar no mesmo nível, são duas atividades totalmente diferentes. Uma é espiritual e a outra é corporal, vamos dizer assim”, finalizou.