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Haddad cresceu como candidato de Lula, mas esbarrou no antipetismo

Substituto do ex-presidente na chapa do PT, o postulante ao Planalto espera enfrentar Bolsonaro no segundo turno

atualizado

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Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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1 de 1 haddadlula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Nome do PT à Presidência da República, Fernando Haddad foi oficializado pelo partido somente no dia 11 de setembro, depois que Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, teve sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral.

Haddad substituiu Lula na chapa petista para o Executivo nacional. Desde então, o ex-prefeito de São Paulo deu início a uma luta para conseguir angariar os votos de Lula – que liderava as pesquisas – e tentar se desvencilhar do sentimento de “antipetismo”, também bastante forte.

Inicialmente, Haddad experimentou grande evolução de sua popularidade. Após duas semanas de campanha, consolidou-se em segundo lugar na disputa ao Palácio do Planalto, perdendo apenas para o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

Na reta final da campanha, no entanto, Haddad viu os efeitos da resistência ao Partido dos Trabalhadores e seu índice de rejeição aumentar significativamente. As intenções de voto ao presidenciável do PT ficaram estacionadas em torno de 22%. Ao final do primeiro turno, o petista espera conseguir disputar a segunda fase contra Bolsonaro.

Confira a linha do tempo da campanha de Haddad:

11 de setembro – Haddad é lançado como candidato do PT, em substituição à candidatura de Lula

A 26 dias da eleição, com o registro de Luiz Inácio Lula da Silva barrado, em definitivo, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome do ex-prefeito de São Paulo é anunciado como substituto do ex-presidente na chapa, tendo como vice a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB). A partir desta data, Haddad inicia a busca pelos votos de Lula, que aparecia com 27% nas consultas de intenções de voto.

18 de setembro – Haddad sobe 11 pontos em pesquisa, chega ao segundo lugar na corrida presidencial e TSE proíbe Lula em propaganda eleitoral

Uma semana depois do lançamento de seu nome como candidato do PT, Haddad chega a 19% das intenções de voto em pesquisa do Ibope. O presidenciável assume o segundo lugar, supera o candidato do PDT, Ciro Gomes e se consolida atrás de Jair Bolsonaro. Nas projeções para o 2º turno, no entanto, continua perdendo para o postulante do PSL. Na Justiça Eleitoral, a candidatura petista sofre novo revés na tarefa de associar o nome de Haddad ao de Lula. O TSE proíbe o uso da imagem do ex-presidente como cabo eleitoral e a leitura da carta escrita pelo ex-chefe do Executivo nacional com o objetivo de apresentar Haddad como seu substituto.

28 de setembro – Haddad marca 22% em pesquisa divulgada pelo Datafolha e passa a vencer Bolsonaro nas projeções de 2º turno

A campanha do petista se concentra nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, em busca dos votos de Lula e, com base em consulta do Datafolha, Haddad passa a levar a melhor em possível segundo turno contra o militar da reserva. De acordo com o levantamento, Bolsonaro perderia por 45% a 39% para o ex-prefeito. Uma semana antes, o presidenciável do PT e o postulante do PSL empatavam, com 41% das intenções de voto para cada um.

1º de outubro – Sentimento antipetista passa a aparecer forte nas pesquisas, enquanto Bolsonaro cresce em intenções de voto. Receio de não ter 2º turno

Levantamentos do Ibope divulgado na segunda (1º/10) e do Datafolha na terça (2) identificam a força do sentimento antipetista ao impedir o crescimento de Fernando Haddad nas intenções de voto e aumento expressivo de rejeição ao candidato do PT. Estaciona em 21%, enquanto Bolsonaro vai a 31%. Rejeição do ex-prefeito sobe de 27% para 38% em cinco dias.

2 de outubro – Haddad muda postura, antes mais propositiva, para ataques diretos a Bolsonaro. Campanha lança canal para denúncias de fake news via aplicativo de mensagens

As notícias falsas difundidas via celular se tornam uma preocupação da campanha petista, que lança canal para que a militância denuncie conteúdos recebidos: o “Zap do Lula”. Haddad passa a adotar discurso mais combativo em relação a Bolsonaro.

6 de outubro – Haddad tenta manter seus votos no Nordeste e barrar avanço de Bolsonaro na região

Diante da ameaça de perder eleitores para Jair Bolsonaro, no Nordeste, o candidato petista realiza, de última hora, atos de campanha na Bahia, ao lado do governador do estado, Rui Costa, postulante à reeleição e com grandes chances de vencer já no primeiro turno.

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