“Lamentável”, diz líder do PSL no Senado sobre fala de Eduardo
“Como eu, parlamentar, vou defender fechamento do Congresso, que representa a população? Bem ou mal representa”, diz major Olimpio
atualizado
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O líder do PSL no Senado, major Olimpio (SP), disse nesta quinta-feira (31/10/2019) que a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, líder da sigla na Câmara federal, é “lamentável”.
“Acho lamentável, nos dias de hoje, se discutir atos semelhantes ao AI-5. O Congresso foi fechado. Como eu, parlamentar, vou defender o fechamento do Congresso, que representa a população brasileira? Bem ou mal representa”, pontuou.
Olimpio afirmou que o posicionamento de Eduardo é “isolado” e voltou a dizer que, apesar de o deputado ser filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, continua sendo um parlamentar.
“O Brasil carece justamente do respeito à democracia. Se o deputado, que é filho do presidente, fala uma coisa dessa… não existe cargo de filho de presidente. É uma manifestação isolada de um só deputado”, assinalou o militar.
O líder do PSL no Senado já havia criticado Eduardo e o senador Flávio, também filho do presidente, outras vezes, sobretudo durante o racha interno da legenda que se intensificou neste mês. Em suas declarações, Olimpio ressaltou que, para ele, os herdeiros do chefe do Executivo brasileiro deveriam deixar o partido.
“Condicional”
Para Bibo Nunes (PSL-RS), aliado de Eduardo, que o ajudou a ocupar o cargo de líder da sigla na Casa, o filho do mandatário do país deu apenas a sua opinião “na condicional, não foi radicalizado”.
“Foi na condicional, não foi radicalizado. Ele levantou a possibilidade se houvesse uma esquerda extremada. Somos contra qualquer tipo de extremismo”, salientou.
No entanto, o deputado se contradisse ao alegar que a afirmação foi “extrema”, mas só porque “não deve ter um extremismo na esquerda”. “Foi extremo. Sou contra o extremo, mas não deve ter extremismo na esquerda. A opinião é dele e eu respeito.”