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Kassab nega acordo por Renan e diz que PSD está livre para votar

Segundo ele, os senadores apoiam o voto aberto para a presidência da casa e decidiram declarar os votos

atualizado

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Kassab
1 de 1 Kassab - Foto: Divulgação

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, negou veementemente nesta quarta-feira, 30, que tenha oferecido votos da bancada de seu partido no Senado para a candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL), que disputa a presidência da Casa.

Após publicação de reportagem sobre o assunto, Kassab disse ao Broadcast Político que os senadores da legenda “estão livres” para votar nos candidatos que desejarem no 1º de fevereiro, data da eleição interna. Como argumento, ele disse que os senadores do partido decidiram apoiar o voto aberto e, além disso, declarar seus votos.

Segundo o Broadcast Político, Gilberto Kassab prometera ao senador Renan Calheiros oito votos da bancada do PSD no Senado em troca de cargos para seu partido, conforme apurou a reportagem. Em caso de vitória do emedebista, senadores do PSD ficariam com a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que seria reservada ao senador Omar Aziz (PSD-AM), e a primeira-secretaria, para o senador Angelo Coronel (PSD-BA).

As negociações foram feitas num jantar na segunda-feira, 28, em Brasília. Além de Renan e Kassab, participaram do encontro os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). A promessa foi repassada por Renan a alguns de seus companheiros de bancada, na tentativa de vencer a disputa interna contra a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

O que dificulta o acordo, no entanto, é que a bancada do PSD decidiu, na terça-feira, 29, algumas horas após a reunião, que vai apoiar o voto aberto na eleição interna, algo que inviabilizaria essa quantidade de votos para Renan. Kassab chegou a participar, inclusive, da reunião da bancada que optou por esse posicionamento ontem no Senado. O desfecho surpreendeu aliados de Renan que acompanhavam as conversas entre os dois partidos.

Ao prometer os votos, Kassab já estaria contando com uma bancada formada por dez senadores, em vez dos sete nomes atuais definidos nas eleições de outubro de 2018. Isso porque, nas últimas semanas, o presidente do PSD fechou acordo para trazer outros três senadores para a sigla: os senadores Carlos Viana (MG), que viria do PHS), e os senadores Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP), que migrariam do PTB.

Dentro do MDB, as bancadas do PP e PSD são vistas como prioritárias para uma vitória na eleição interna. Juntos, os dois partidos têm 16 votos (10 do PSD e 6 do PP), o que somado aos nomes do MDB (13 parlamentares) resultaria em 29 senadores. Na prática, com essa quantidade de apoios, qualquer candidato do MDB precisaria de somente mais 12 votos para vencer o pleito. Esses números, avaliam emedebistas, facilitariam muito a vitória de um dos membros do partido.

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